Augusto Melo, o presidente do Corinthians, está sendo alvo de um terceiro pedido de impeachment no clube. Nesta segunda-feira (05/05), o membro trienal do Conselho de Orientação (CORI), Paulo Roberto Bastos Pedro, apresentou uma petição solicitando a suspensão do dirigente com base na rejeição das contas de 2024.
No documento apresentado ao Conselho Deliberativo, Paulo Pedro, além de rejeitar os números apresentados pela maioria dos conselheiros, apoia-se nas advertências do Conselho Fiscal e do CORI contra as contas pelo déficit de R$ 181,8 milhões e o crescimento do passivo financeiro.
O clube acumulou um passivo de R$ 828 milhões, sendo que, de acordo com as contas da diretoria, as receitas recebidas geram uma dívida bruta de R$ 407 milhões.
O conselheiro e integrante do CORI trienal analisou as contas apresentadas para fundamentar seu voto contrário e formalizar o pedido de demissão de Augusto Melo. Dentre as questões mencionadas estão: Descumprimento dos prazos na publicação dos balancetes e de envios ao CORI; Falta do processo previsto no estatuto para a contratação das empresas de segurança; Ausência de revisão orçamentária, assim como a falta do relatório da Ernst & Young; Ausência de informações ao CORI sobre o desenvolvimento das atividades do clube; Contratações do Departamento de Futebol (pela falta de pedido de apuração das responsabilidades do diretor de futebol nos investimentos do primeiro semestre); Gestão dos ingressos e problemas direcionados com a OneFan (Fiel Torcedor e ingressos da Neo Química Arena); Gestão em desacordo com a regulamentação do Profut e da Lei Geral do Esporte.
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A solicitação foi elaborada no domingo e concluída nesta segunda-feira. A administração do Corinthians foi informada da iniciativa pela manhã, porém ainda não emitiu uma declaração.
Antes da solicitação de Paulo Pedro, Augusto Melo passou por dois processos de impeachment: um que foi levado a votação após coletar mais de 90 assinaturas e outro que foi sugerido pelo CORI, no final do ano anterior.
No dia 20 de janeiro, o Conselho interrompeu a votação devido à ausência de tempo suficiente para finalizar o procedimento. A aprovação do impeachment ocorreu em uma votação apertada, com um placar de 126 a 114.