O Mestre Fafá, responsável por comandar os ritmistas da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, anunciou na última sexta-feira (23/5) que irá se afastar temporariamente das redes sociais. A decisão foi motivada por uma série de ameaças e ofensas que o músico recebeu após o anúncio de Virginia como rainha de bateria.
“Irei deixar esse red off por algum tempo evitando assim problemas maiores, eu não preciso de rede social e sim de paz para seguir trabalhando. E aos amigos que admiram o meu trabalho sabem aonde me achar, estarei na Grande Rio todos os dias trabalhando em busca da batida perfeita”, declarou Fafá.


Polêmica após anúncio de Virginia Fonseca
Os ataques começaram após a confirmação de Virginia Fonseca, de 26 anos, como a nova rainha de bateria da Grande Rio para o Carnaval de 2026. A influenciadora digital estreará na folia ocupando o posto anteriormente ocupado por Paolla Oliveira, de 43.
A escolha de Virginia gerou críticas nas redes sociais, especialmente após sua recente participação na CPI das Bets, no Senado. Durante seu depoimento, ela omitiu informações sobre ganhos com contratos, mas negou ter enriquecido com publicidade de casas de apostas.
Boatos sobre exigências religiosas de Virginia
Circulam nas redes sociais rumores de que Virginia, que é evangélica, teria exigido que a escola evitasse enredos relacionados a religiões de matriz africana durante o período em que estiver à frente da bateria.
Segundo a CNN, a assessoria de imprensa da Grande Rio desmentiu as especulações. “É fake news. Não sabemos de onde surgiu esse boato, mas não procede, não”, afirmou a escola.
Possível enredo para 2026
Embora o enredo oficial ainda não tenha sido divulgado, torcedores da Grande Rio especulam que o tema para o desfile de 2026 seja o movimento Manguebeat. Surgido em Pernambuco no início dos anos 1990, o Manguebeat foi idealizado por Chico Science e buscava denunciar desigualdades sociais e promover uma renovação cultural e artística no estado.
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Resultado no Carnaval 2025
No último Carnaval, a Grande Rio perdeu o título para a Beija-Flor de Nilópolis por apenas um décimo de ponto no quesito bateria. O resultado gerou protestos por parte da escola de Duque de Caxias, que chegou a entrar com um recurso na Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), mas teve seu pedido negado pelo órgão.