O novo cardeal da Amazônia, dom Leonardo Steiner, vai oficializar sua volta a Manaus, neste sábado, 3, após receber o chapéu e o chamado barrete cardinalício, com um encontro com autoridades do Amazonas. Será o segundo mais importante momento da história da igreja católica no Amazonas. A primeira aconteceu há 42 anos com a visita do papa João Paulo II. Alguns momentos da visita foram icônicos e até hoje são lembrados. Confira alguns.
Missa campal
A imprensa estimou, na época, que mais de 400 mil amazonenses participaram da missa oficializada por João Paulo II na bola da Suframa, hoje praça Francisco Pereira da Silva. Uma placa de mármore registrando o momento está lá até hoje fincada em frente a saída da avenida Rodrigo Otávio Jordão Ramos.
Caldeirada
Ao papa foi servido um almoço tipicamente amazonense no restaurante Canto da Peixada, no bairro Praça 14, Zona Centro-Sul. Até hoje o local expõe em um domo especial os pratos e talheres usados pelo polonês Karol Józef Wojtyła, o primeiro bispo não italiano a ascender ao trono de São Pedro em 1978.
Indígenas e floresta
João Paulo II também manteve encontros com lideranças indígenas, sendo a principal delas o vereador Ângelo Cretã, liderança dos Kaingang do Paraná e que colocou na ordem do dia a defesa da demarcação das terras indígenas, algo que só veio acontecer com a Assembleia Nacional Constituinte.
Turismo
O papa também teve seu momento de turista no Amazonas ao participar de um passeio ao Encontro das Águas no famoso barco Jumbo, que era operado pela agência Selvatur. O passeio foi tratado pela imprensa local como o “Banzeiro sagrado”.
Carta da Amazônia
João Paulo também participou das discussões para a chamada carta dos bispos que defenderam a preservação da floresta amazônica e o direito a terra dos povos tradicionais, como indígenas e ribeirinhos. A carta segue como um documento importante para os católicos brasileiros.