O nascido em Manaus tem, como em qualquer lugar do mundo, um linguajar próprio que mistura a norma culta e as expressões populares, criando assim uma característica linguística nova e bem identificada com este povo.
MANINHO, MANAZINHA!
O manauense quando quer contar algo muito importante e supostamente sigiloso ou maledicente não tem dúvida de começar a conversa com um “mano” ou “mana”, forma carinhosa para chamar um irmão ou uma irmã. Contudo, quando o papo é muito reto, o diminutivo se impõe para dar um caráter ainda mais forte ao tom da conversa.
CORTAR A CURICA!
Expressão igualmente típica dos nascidos em Manaus para quando está prestes a tomar uma decisão séria e grave sobre um assunto que envolva outra pessoa que toma atitudes erradas ou inconvenientes. “Hoje vou cortar a curica deste funcionário!” (vai demitir ou tirar um privilégio deste funcionário).
LESO!
A palavra pode significar que uma pessoa é estupida ou inconveniente. Quando dita diretamente ao alvo vem acompanhada da interjeição completa: “Tu é leso é?”. Em certos casos é aplicada a uma pessoa desatenta: “Fulano é muito leso”. Neste sentido tanto pode ser uma ofensa quanto um reconhecimento carinhoso.
ATÉ O TUCUPI!
Expressão significa que o manauense vai fazer algo de maneira intensa, forte e resoluta. Remete a uma iguaria gastronômica regional, o tucupi que é o sumo extraído da prensa da mandioca no processo de fabricação da farinha
CHIBATA!
A palavra, que originalmente designa o chicote usado no açoite de escravos, é usada na capital amazonense para expressar algo que é muito bom, bem feito ou realizado com afinco. Quando quer dar mais intensidade ainda, o manauense não tem dúvidas em dizer que algo é “chibata de touro”.