O Teatro Amazonas é o que os especialistas chamam de Arquitetura Icônica, pois basta olhar para ele que a gente já sabe de que lugar estamos falando. Assim ele se assemelha a Opera House de Sidney, na Australia, a Golden Gate, dos Estrados Unidos, e a roda gigante Golden Eye, de Londres. Confira alguns detalhes da obra que ficam longe do olho do espectador.
A construção
O governo responsável pela construção foi o de Eduardo Ribeiro, o primeiro governador negro do Brasil e que foi muito importante para a história de Manaus. O teatro levou 12 anos para ficar pronto (em 1896), demorando todo esse tempo principamente por causa de questões logísticas, já que praticamente todos os materiais encontrados no Teatro Amazonas vieram da Europa.
Salão de artes
O salão de espetáculos do Teatro Amazonas foi pintado e decorado pelo artista Crispim do Amaral, responsável pelo salão em forma de lira (instrumento parecido a uma ferradura de cavalo), o que favorece a acústica do TA, hoje uma das melhores do país. É de Crispim do Amaral também as 22 colunas decoradas com máscaras gregas e com nomes de personalidades importantes para as artes. Entre os nomes pintados nas colunas estão Beethoven, Mozart, Wagner e apenas dois brasileiros: Martins Pena e Antônio José, comediantes importantes naquela época.
Capacidade
O teatro Amazonas comporta 701 espectadores, mas apenas 689 para o público em geral. Os outros 12 lugares são para o governador e convidados. O espaço só é aberto quando ele está na casa, mantendo a tradição dos tempos antigos. No camarote do governador e seus convidados, as cortinas ficam abertas para homenagear o brasão da república que há ao centro.
Pano de boca
O pano de boca, que fica perto do palco, traz pintado o símbolo da monarquia pintado por Crispim do Amaral. O detalhe é que o símbolo aparece quando as cortinas vão se fechando, sinalizando que a monarquia está acabando e surgindo a República. O pano tem 15 metros e conta com uma pequena camada de gesso que faz com que o pano não possa ser dobrado.
Artes
O teto do salão tem quatro pinturas importantes: a tragédia, a dança, a música e a ópera, esta última formada pelo conjunto das três. A ópera representa anjos coroando o busto de Carlos Gomes, a primeira pessoa a compor uma ópera brasileira, “O Guarani”. No teto ainda estão pintadas quatro colunas, que muitos dizem ser a base da Torre Eiffel, como se ela estivesse em cima de quem está no teatro. Também estão pintados no teto o nome de Eduardo Ribeiro, o ano de inauguração e a sigla TA.
