O cemitério São João Batista é o maior de Manaus e a cada dia dos Finados, como nesta quarta-feira, 2 de novembro, costuma receber milhares de manauenses que vão celebrar seus mortos. De acordo com a Prefeitura de Manaus, são 19 mil túmulos, alguns bem conhecidos e famosos por razões diversas. Neles estão sepultados quase 150 mil pessoas.
Santa Etelvina
O jazigo da menina Etelvina D’Alencar, consagrada santa Etelvina pelo imaginário popular, é há anos o mais visitado do cemitério São João Batista, na zona Centro-Sul de Manaus. A menina, brutalmente assassinada em 1901, ganhou um jazigo construído pela Prefeitura de Manaus que traz a placa: “mão perversa arrancou-lhe a vida. Piedade do povo do Amazonas. Erguendo-lhe o monumento”.
Ária Ramos
A morte misteriosa da violonista Ária Ramos, durante um baile de terça-feira de Carnaval de 1915, está marcada no imaginário dos amazonenses, que a cada dia dos Finados realiza uma romaria até o túmulo dela no cemitério São João Batista, para no mínimo admirar a arquitetura do jazigo.
Jefferson Péres
O jazigo da família do ex-senador Jefférson Péres fica localizado muito próximo de uma das entradas do cemitério São João Batista e, por conta disso, é muito visitado por quem vai ao local para ver outros túmulos. De acordo com funcionários do cemitério, muita gente senta em um banco que existe no jazigo para “conversar” com o ex-senador.
Cemitério israelita de Manaus
Um tipo único de tolerância religiosa pode ser observado no cemitério São João Batista, um dos principais santos católicos, pois nele uma área foi reservada para a instalação do cemitério Israelita de Manaus, a partir de 1928. Os judeus tem cerimônias próprias religiosas realizadas no local e a visitação só ocorre em um período do ano.
Santíssima Trindade
Outra quadra repleta de túmulos históricos é o destinado a irmandade católica da Santíssima Trindade, que fica localizada por trás do reservatório do Mocó. Nesta área estão sepultados padres, irmãos e freiras católicas.