O pré-candidato do PSOL à Prefeitura de Manaus, Marcelo Amil, concedeu entrevista ao programa “Meio Dia com Jefferson Coronel”, da Rede Onda Digital, nesta segunda (4/3), onde abordou questões políticas e propostas para a cidade no transporte público. Durante a conversa, Amil defendeu a união da esquerda no Amazonas e destacou a importância desse movimento para enfrentar o atual cenário político do país.
Ao ser questionado sobre as dificuldades de união da esquerda na região, Amil compartilhou suas experiências e esforços para reunir diversos partidos em torno de um projeto comum para Manaus. Ele destacou que, apesar dos desafios, conseguiu realizar reuniões com representantes de diferentes siglas, incluindo PTC, PcdoB, PSOL, PMN, PDT, PSB, PCB e PSTU.
“Em 2019, eu era presidente estadual do PMN, que é um partido estatutariamente de esquerda […] Então foi a primeira coisa que eu pensei, lendas, parece que a gente tinha conversado. Eu pensei, falei meu, eu preciso tentar juntar. E eu tenho muito orgulho de ter conseguido juntar no meu escritório em 2 reuniões o PTC, PCdoB, PSOL, PMN, PDT, PSB, PCB e PSTU […] consegui fazer todos se sentarem à mesa para discutirmos um projeto comum para Manaus. A gente começou as discussões, nós fizemos 5 reuniões, das quais 2 foram no meu escritório. Aí veio a pandemia”, diz Amil.
Amil considera de suma importância a união para se discutir um projeto político que se diferencie ao programa da direita conservadora que tem crescido em Manaus.
“A gente vive aqui em Manaus, onde você tem 62% de pessoas assumidamente bolsonaristas e 38% de pessoas que são anti esse projeto hegemônico da extrema-direita. A gente precisa entender que a gente tem que unir esses 38%. E antes de unir esses 38%, a gente precisa unir esses partidos”, diz Marcelo Amil.
Em relação aos problemas de transporte público em Manaus, Marcelo Amil propôs o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como uma alternativa viável. Ele destacou a falta desse modal na capital amazonense e ressaltou que a implantação de uma linha trens, poderia ser uma solução eficaz para gerar integração e melhorar a mobilidade urbana.
“Para começar a resolver: dinheiro e mudar o modal, por exemplo, a gente. Manaus é a única capital relevante do Brasil, com todo o respeito às demais, tá bom, mas vamos falar de Manaus que é a sétima maior cidade do Brasil. De todas as necessidades de Manaus, é a única que não tem o modal de transporte via férrea”, declara o pré-candidato.
Segundo Amil, o Governo Federal possui financiamentos específicos para esse tipo de obra, como o programa RETREM e o PROTREM, que ainda não foram acessados pela cidade. Ele enfatizou a importância de iniciar esses projetos e criar uma discussão em torno do tema, visando melhorar a mobilidade e atender às necessidades da população.
“A gente podia ter a linha um do metrô no Viver Melhor (Bairro) da barreira. Você tem ali 80 mil pessoas. O metrô é um VLT, na verdade, e você tem linhas de financiamento específicas para esse tipo de obra. Você tem o RETREM (programa), você tem o protrem (Programa Protrilhos) que Manaus não acessa e eu não tenho dúvida de que, no momento em que você tiver uma linha de metrô, uma linha de VLT saindo, por exemplo, lá do Lago Azul, chegando pelo menos até a bola do Coroado, e você tem espaço físico para isso, a Avenida das Torres, ela seria um traçado que precisaria de pouquíssimos ajustes. Então, quando você tivesse esse traçado, nas próximas eleições, a discussão toda ia ser sempre: vamos construir a linha 2 do metrô, porque as pessoas veriam que isso funciona”, diz Amil.