Quando os raios solares penetram na pele, eles desencadeiam reações que levam à produção de vitamina D no organismo. E esse micronutriente que, por sua vez, assegura que no intestino o cálcio (assim como o fósforo) seja absorvido, garantindo crescimento e reparação dos ossos, e funcionamento celular e neuromuscular.
A vitamina D é importantíssima para a saúde. Segundo alguns estudos médicos (incluindo não-conclusivos), ela parece ter associação com a produção de insulina, modulação das funções de linfócitos (T e B) e na prevenção de doenças inflamatórias do intestino, bem como à contração do coração; prevenção de diabetes tipo 1, doenças cardiovasculares, Parkinson, pré-eclâmpsia em gestantes, hipertensão e até depressão.
A vitamina D também pode ser encontrada em suplementos, em alimentos enriquecidos com ela (leite, iogurte, papinhas de bebê) e de origem animal (peixes do tipo salmão, sardinha, atum) e em alguns vegetais e cogumelos irradiados.
Porém, a doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, Maria Fernanda Barca, afirma que tomar sol também é primordial para estimular a vitamina D. Ela diz:
“Porém, só com a ingestão de alimentos não é possível repor o necessário, e no caso de uma suplementação sem acompanhamento médico existem riscos, sendo mais indicado tomar sol”.
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Qual o melhor horário para tomar sol – e quais as precauções?
Embora os médicos advirtam sobre tomar sol entre 10h e 16h —por conta do risco de se desenvolver queimaduras, lesões oculares e doenças cutâneas, entre as mais perigosas o câncer de pele melanoma—, o horário mais propício para se estimular a obtenção da vitamina D é entre 10h até às 15h. É nessa faixa que a incidência de raios UV (ultravioleta) atinge seu pico, estimulando o nutriente.
No entanto, no verão, acima dos 30ºC, é melhor evitar o sol do meio-dia por ser muito intenso e perigoso.
Para quem prefere evitar expor a cabeça, ou o rosto, a boa notícia é que deixar braços, mãos e pernas à mostra, ou 15% da superfície corporal, já é o suficiente para que a vitamina D possa ser produzida.
Barca recomenda que adultos saudáveis tomem sol pelo menos três vezes por semana, sem protetor solar na área exposta, pois este impede a produção de vitamina D. Para pessoas com pele branca, é sugerido um tempo de exposição de 15 a 20 minutos diários; para pele negra, até 1 hora; e para tons de pele intermediários, cerca de 30 a 40 minutos.
Passado esse período, a endocrinologista recomenda o uso de protetor solar; ficar sob a proteção de guarda-sol ou outro protetor; usar óculos de sol, roupas e acessórios, como chapéus e bonés, com proteção UV; e tomar bastante água.
*Com informações de UOL