Nesta época do ano, as sobras das ceias de Natal e Ano Novo acabam sendo consumidas por muita gente ao longo dos dias seguintes. Porém, especialistas em nutrição alertam que às vezes esse hábito pode causar problemas. Pessoas com os intestinos sensíveis, no entanto, devem evitar a prática. Ela pode levar a sintomas desagradáveis, como gases, diarreia, barriga estufada e dor abdominal.
A nutricionista britânica Josie Porter destaca que muitas comidas da ceia são ricas em carboidratos, como o arroz, o salpicão com batatas, a rabanada e a lentilha. Quando os alimentos são resfriados e reaquecidos, a estrutura química dos carboidratos muda, tornando a digestão deles mais difíceis.
Segundo Josie, eles ficam “estagnados” no intestino, onde fermentam e liberam gases que podem causar dor, além de terem o cheiro desagradável. Ela afirma:
“Se consumirmos amido resistente em grandes quantidades, os sintomas intestinais aparecem porque ele fermenta no intestino grosso”.
Ela alerta que o amido resistente pode ter um impacto ainda mais significativo para pessoas com a síndrome do intestino irritável, iniciando um quadro de crise.
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Além disso, médicos também alertam para a possibilidade de infecção bacteriana. O gastrocirurgião e endoscopista Eduardo Grecco explica que cada vez que um alimento é reaquecido e volta a esfriar, ele passa por uma “zona de perigo” (temperaturas entre 5°C e 60°C), onde bactérias podem se multiplicar rapidamente e aumentar os riscos de intoxicação alimentar.
Grecco diz:
“O ideal é aquecer apenas a quantidade que será consumida imediatamente, evitando sobras que precisarão ser reaquecidas novamente”.
Ele também aconselha para não deixar alimentos na temperatura ambiente por muito tempo:
“O certo é resfriar rapidamente. Divida os alimentos em porções menores para refrigerá-los mais rápido. Evite deixar comida exposta em temperatura ambiente por mais de 2 horas”.
*Com informações do Metrópoles.