Uma pesquisa feita pela “Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil” mostra que oito em cada 10 pessoas já traíram em relacionamentos monogâmicos, pelo menos uma vez. O Brasil está em primeiro lugar como o país mais infiel da América Latina, seguido por Colômbia, México, Argentina e Chile.
Durante a pesquisa, 91% dos entrevistados afirmaram já ter traído.
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88% das mulheres já traíram
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O estudo também mostra que 88% das mulheres brasileiras também já traíram.
Tipos de traição
Além da traição física, especialistas afirmam que há outros tipos de traição. São eles:
- Comprometimento condicional: “estar com a pessoa até que alguém melhor apareça”;
- Envolvimento emocionalmente com outra pessoa;
- Mentiras e omissões;
- Desprezo pelo parceiro ou pela parceira;
- Descumprir promessas;
- Atitudes como egoísmo e injustiças;
A psicóloga e mestre em psicologia e saúde Ana Streitara disse à CNN, que cada tipo de traição machucar de formas diferentes.
“Alguém que mantém um caso extra conjugal que leva anos, por exemplo, precisa se envolver em uma série de mentiras para sustentar o caso e escondê-lo do parceiro. Essa complexidade aumenta o impacto e dificulta a reconstrução da confiança. O perdão pode acontecer, mas, não quer dizer que seja sinônimo da reconstrução da relação”, explicou ela.
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Segundo a especialista, os homens sempre traíram mais que as mulheres.
“Historicamente vemos que os homens traem mais, até mesmo em função do patriarcado e da diferença de gênero, que colocam o homem nessa posição de mais poder. Quanto mais machismo, mais o homem terá crenças de que pode trair e, a mulher, de que precisa aceitar ou tolerar esse tipo de comportamento. Um dos motivos principais, levando este aspecto do estereótipo de gênero em conta, é o homem sentir-se que tem o direito de trair, afinal, é superior que a mulher”, disse ela.
Quem perdoa mais?
“O machismo está infiltrado na nossa sociedade em diferentes camadas e influencia os relacionamentos mais do que nossos olhos conseguem ver. É importante não generalizarmos, mas, abrirmos um espaço para refletir sobre o comprometimento nos relacionamentos e para a equidade de gêneros, onde empatia e reciprocidade falam mais alto do que nossas raízes machistas e patriarcais”, finaliza a psicóloga.
*com informações da CNNN