Um dos grandes dilemas eleitorais é como os partidos se organizarão nacional e regionalmente. Isso afeta diretamente os recursos das campanhas, o tempo de TV e o apoio aos candidatos. Por isso, toda candidatura majoritária luta para construir o maior arco de partidos possível. Em 2026, não será diferente.
Nos bastidores, discute-se qual projeto majoritário o grupo de Wilson Lima (UB) integrará em 2026. No último domingo (6/4), na minha avaliação, o governador deu um sinal claro sobre seu futuro político, enterrando a tese de que seu grupo apoiaria Omar Aziz para o governo do Amazonas.
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Raramente Wilson Lima fez um gesto tão à direita quanto no domingo (6), abraçando a polarização política e trazendo-a para o Amazonas, como nas últimas eleições nacionais. Isso significa que, se candidato ao Senado ou ficando no cargo (duas possibilidades legítimas), Lima estará no arco da direita amazonense.
Nesse sentido, o União Brasil caminha para coligar-se com o PL em 2026, e isso terá muitas consequências. A primeira, considerando que Wilson concorra ao Senado, é que a direita tem sua lista fechada para as duas vagas ao Senado: Alberto Neto e Wilson Lima. Desse arco sairá um candidato ao governo, com apoio de Jair Bolsonaro e do presidenciável da direita.
Outra possibilidade é Wilson Lima permanecer governador a pedido dos partidos, para assim neutralizar Tadeu de Souza (Avante) e fortalecer o objetivo do projeto: eleger um governador, dois senadores e deputados. Esse é um dos caminhos desse arranjo político.
Essa é apenas a primeira grande movimentação política do ano pré-eleitoral, ainda teremos muitas novidades nos próximos meses. Aguarde!