Ainda analisando as recentes falas do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, não poderia deixar de reconhecer que, volta e meia, ele tem uma leitura do cenário político que se sobressai. É o caso da sua recente fala sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“O candidato da direita chama-se Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo”, afirmou o ex-ministro na última segunda-feira (31) sobre a candidatura da direita nas eleições presidenciais de 2026. E eu acredito fielmente que Dirceu está correto; tudo caminha para isso.
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Existe uma tese na política que diz o seguinte: “o governador de São Paulo sempre é pré-candidato à presidência da República”. Isso se deve à condição estratégica do cargo: é o estado mais populoso do país e, por consequência, onde os diretórios partidários têm mais protagonismo. De modo que as vantagens são indiscutíveis.

A essa altura, fica cada vez mais claro que Jair Bolsonaro não disputará as eleições em 2026, seja pela questão da inelegibilidade ou pela possibilidade de estar preso. É lógico que todos que, minimamente, acompanham a política, sabem dessas possibilidades. Quem, hoje, teria mais capilaridade política do que Tarcísio? Não vejo outro candidato com mais potencial.
É lógico também que isso não será anunciado agora, mas no devido tempo. É uma questão de pragmatismo; ninguém vai participar desse jogo para perder. Chorar pelo leite derramado não faz ninguém vencer a eleição.