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TCU identifica que mais de 2 mil pessoas falecidas continuam recebendo o BPC

O impacto financeiro estimado pela auditoria nesses casos foi de R$ 11 milhões ao longo de 12 meses

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que cerca de 2,4 mil pessoas falecidas estariam recebendo pagamentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O relatório técnico divulgado estima um prejuízo de R$ 5 bilhões anuais aos cofres públicos devido a esses pagamentos irregulares. Além disso, foram identificadas famílias que recebiam o benefício sem atender aos critérios exigidos pela legislação.

Cruzamento de dados revela pagamentos indevidos

Os dados sobre beneficiários possivelmente falecidos foram obtidos a partir do cruzamento de informações do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e da base de CPF da Receita Federal com a folha de pagamento de junho de 2024. Também foram analisados registros de pessoas que constavam como “instituidores” falecidos em folhas de pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de outros órgãos públicos.


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Dos casos identificados, 1.782 foram detectados pelo cruzamento com o Sirc, uma rotina automatizada do INSS. O relatório aponta que defasagens no processamento de dados podem ter causado os pagamentos irregulares. Outros 694 casos podem ter ocorrido devido à falta de comunicação do óbito ao cartório ou dificuldades no cruzamento de dados com bases estaduais e municipais. O impacto financeiro estimado pela auditoria nesses casos foi de R$ 11 milhões ao longo de 12 meses.

Outras irregularidades no pagamento do BPC

A auditoria também identificou que 6,3% dos beneficiários possuem renda familiar per capita superior a 1/4 do salário mínimo, ultrapassando o limite previsto em lei. Isso resultou em pagamentos indevidos de aproximadamente R$ 5 bilhões anuais. Além disso, foram constatados 6.701 casos de acúmulo indevido de benefícios, gerando um impacto financeiro estimado de R$ 113,5 milhões ao ano.

Medidas para regularização

Diante das irregularidades apontadas, o TCU determinou que o INSS adote providências para corrigir as falhas em um prazo de 180 dias, incluindo a regularização de benefícios pagos a falecidos. O tribunal também recomendou que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) implemente medidas para corrigir os cadastros de beneficiários e analisar as inconsistências apresentadas no relatório.

Resposta do Governo

Em nota, o MDS afirmou que, em parceria com o INSS, já vem adotando medidas indicadas pelo TCU. O ministério ressaltou que a verificação cadastral do BPC, prevista em lei desde 2019, começou a ser realizada apenas em 2023 e desde então se tornou uma prática contínua.

“Essas ações resultaram na suspensão de 109.447 benefícios irregulares e na atualização de mais de 1 milhão de cadastros, etapas essenciais para garantir que os benefícios cheguem a quem realmente precisa”, afirmou a pasta.

O MDS destacou ainda que analisará o acórdão do TCU assim que for disponibilizado na íntegra para avaliar novas medidas que possam ser implementadas.

O que é o BPC?

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um auxílio concedido pelo governo federal a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade. O valor mensal é equivalente a um salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.518.

*Com informações do Metropóles.

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Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que cerca de 2,4 mil pessoas falecidas estariam recebendo pagamentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O relatório técnico divulgado estima um prejuízo de R$ 5 bilhões anuais aos cofres públicos devido a esses pagamentos irregulares. Além disso, foram identificadas famílias que recebiam o benefício sem atender aos critérios exigidos pela legislação.

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Os dados sobre beneficiários possivelmente falecidos foram obtidos a partir do cruzamento de informações do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e da base de CPF da Receita Federal com a folha de pagamento de junho de 2024. Também foram analisados registros de pessoas que constavam como “instituidores” falecidos em folhas de pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de outros órgãos públicos.


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Outras irregularidades no pagamento do BPC

A auditoria também identificou que 6,3% dos beneficiários possuem renda familiar per capita superior a 1/4 do salário mínimo, ultrapassando o limite previsto em lei. Isso resultou em pagamentos indevidos de aproximadamente R$ 5 bilhões anuais. Além disso, foram constatados 6.701 casos de acúmulo indevido de benefícios, gerando um impacto financeiro estimado de R$ 113,5 milhões ao ano.

Medidas para regularização

Diante das irregularidades apontadas, o TCU determinou que o INSS adote providências para corrigir as falhas em um prazo de 180 dias, incluindo a regularização de benefícios pagos a falecidos. O tribunal também recomendou que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) implemente medidas para corrigir os cadastros de beneficiários e analisar as inconsistências apresentadas no relatório.

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