Situação das rodovias federais no Amazonas causa inflação, danos aos operadores e impacta o meio ambiente

Foto: Orlando K Júnior
A pesquisa Confederação Nacional dos Transportes (CNT) Rodovias 2025 mostrou que a má qualidade dos trechos pavimentados das rodovias federais no Amazonas causaram um prejuízo de milhões à economia local, ao meio ambiente e aos bolsos dos operadores de transportes da região.
Com 145 pontos críticos identificados nas rodovias BR-174 (Manaus-Boa Vista-RR), BR-319 (Manaus-Porto Velho-RO) e BR-230, a Transamazônica, A CNT Rodovias estima que as condições do pavimento delas no Estado geraram um aumento de custo operacional do transporte de 57,5%, com reflexos diretos na competitividade do Brasil e na formação do preço dos produtos vendidos aos consumidores.
Para o meio ambiente do Estado, que mantém 98% da floresta preservada, a má qualidade das rodovias federais proporcionaram um consumo excessivo de 16,7 milhões de litros de diesel. Esse desperdício gerou um prejuízo R$ 95,78 milhões aos transportadores e uma emissão de 44,04 mil toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.
Saiba mais:
Manaus Airport lançará serviço que promete reduzir tempo de chegada de compras feitas via e-commerce
Reforma Tributária: Fundo que compensará perda de arrecadação do Amazonas recebe primeiro aporte
Custo para recuperação supera um bilhão
Outro ponto avaliado como muito ruim foi o de prejuízos gerados pelos acidentes, que no ano de 2024 foi de R$ 47,62 milhões, sendo que no mesmo período o Governo Federal gastou R$ 14,32 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte no Estado.
A CNT avalia que para recuperar os trechos pavimentados das rodovias federais do Amazonas serão necessários investimentos de R$ 1,03 bilhão.
Por fim, a pesquisa também mostra o baixo índice de execução do orçamento destinado à recuperação dessas rodovias no Amazonas. Do total de recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária, especificamente no Amazonas em 2025 (R$ 21,82 milhões), foram investidos apenas R$ 6,07 milhões até novembro (27,8%).






