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Com caixões, professores protestam em frente à CMM contra Reforma da Previdência em Manaus

Professores prometem manter a greve até que a proposta seja retirada ou revista pela Prefeitura
13/11/25 às 11:02h
Com caixões, professores protestam em frente à CMM contra Reforma da Previdência em Manaus

Foto: Rede Onda Digital

Com caixões de papelão e palavras de ordem, os professores da rede municipal de ensino protestaram em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta quarta-feira (13/11) contra o projeto de Reforma da Previdência dos servidores públicos, aprovado em primeiro discussão pelos parlamentares na última semana. A paralisação, organizada pela Aspron Sindical, cumpre o prazo legal de 72 horas e é por tempo indeterminado.

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De acordo com a professora Elma Sampaio, representante da entidade, a categoria decidiu cruzar os braços em resposta ao que considera um ataque direto aos direitos dos servidores.

A greve está cumprindo as 72 horas exigidas pela lei, está sendo instalada hoje, dia 13 de novembro. A expectativa é que nós possamos sensibilizar o prefeito de Manaus e os vereadores da Casa Legislativa Municipal para que não haja a votação em segundo turno. O PL 0825, intitulado por nós ‘PL da Morte’, prejudica de maneira muito perversa a nossa apresentadoria”, afirmou Elma.

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A sindicalista afirmou que o prefeito David Almeida (Avante) é responsável pela paralisação e destacou que os professores preferem estar em sala de aula em vez de participar de manifestações, mas o ato é necessário pela luta dos direitos da categoria.

Nós queremos dizer que a responsabilidade desta greve é do prefeito Davi Almeida, porque os professores não gostam de fazer greve. Os professores gostam de estar nas escolas, nas salas de aula, trabalhando e educando os nossos alunos para um futuro melhor para eles.”, completou.

Veja o vídeo:

Apoio de pais e comunidade

A mobilização dos professores também contou com o apoio de pais de alunos da rede municipal. A autônoma Daniela Nascimento, mãe solo e moradora da zona Leste, participou do protesto em frente à Câmara Municipal.

É irrestrita, ampla, porque nós, mães e pais, estamos na conta de toda essa situação que está acontecendo. Não são somente os servidores de educação, os servidores públicos municipais que serão prejudicados”, afirmou.

Veja o vídeo:

Daniela contou que preparou cartazes pela manhã para participar da manifestação.

Fiz o meu cartaz, passei o meu batom e vim embora. Por quê? Embora eu tenha várias coisas para fazer, porque a população não pode também ser omissa, como o parlamento tem sido aqui. Nós temos que nos rebelar, nós temos que ver os absurdos e fazer algo. Então, ficar omisso, de braços cruzados, não vai mudar a realidade, principalmente dos nossos filhos que serão os mais afetados nessa situação”, completou.

Veja o vídeo:

Entenda sobre a Reforma da Previdência Municipal

A proposta de reforma da Previdência dos servidores municipais altera as regras de aposentadoria para quem entrou no serviço público após 31 de dezembro de 2003. Quem ingressou antes dessa data mantém as normas atuais.

Com a mudança, a idade mínima sobe de 60 para 65 anos para os homens e deixa de ser de 55 anos e passa a ser de 62 anos para as mulheres, elevando os limites em cinco e sete anos, respectivamente.

O texto também exige 25 anos de contribuição, além de 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo atual. Para os professores, as regras são específicas: 30 anos de trabalho para homens e 25 para mulheres.