Hoje, o Ministério da Justiça mudou a classificação indicativa do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”. O filme dirigido por Fabricio Bittar e com participações dos humoristas Danilo Gentili e Fábio Porchat, se tornou alvo de polêmica nos últimos dias quando foi descoberto na Netflix por políticos e autoridades ligados à direita. A comédia, lançada em 2017, foi acusada de apologia à pedofilia por causa de uma cena envolvendo o personagem de Porchat e os dois garotos protagonistas da história.
O despacho do Ministério da Justiça, assinado pelo secretário José Vicente Santini, foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16) e eleva a classificação etária do filme, que originalmente era de 14 anos, para 18 anos, citando “tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”. O texto também recomenda que o filme seja exibido após as 23h em televisão aberta.
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Ontem o mesmo ministério determinou a retirada do filme das plataformas de streaming que o exibem. Foram citadas no despacho as plataformas de streaming Netflix, Globoplay, Telecine, YouTube, Apple e Amazon. Elas têm cinco dias para cumprir a decisão ou poderão ser multadas em até R$ 50 mil por dia de descumprimento. A Globo, dona das plataformas Globoplay e Telecine, já afirmou que não vai cumprir a decisão por configurar “censura”. Em nota, o grupo Globo afirmou:
“A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida”.
Enquanto isso, em sua rede social ontem à noite, Danilo Gentili aproveitou a polêmica para anunciar o início da produção da continuação do filme, intitulada “Como se Tornar o Pior Aluno da Faculdade”. Essa sequência já era anunciada em cena pós-créditos do filme de 2017. O novo filme ainda não tem sinopse ou detalhes revelados, mas espera-se que novidades sobre ele sejam divulgadas nas próximas semanas.
