Em audiência de custódia na tarde de hoje, dia 4, a Justiça manteve a prisão do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que matou seu vizinho Durval Teófilo Filho na noite de quarta, dia 2, disparando três tiros contra o homem.
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Aurélio chegava de viagem à noite, na porta do condomínio onde ambos os homens residiam. Durval se aproximou do carro dele e Aurélio efetuou os disparos de dentro do veículo. Em seu depoimento, dado ontem, o sargento afirmou que julgava se tratar de um assalto e que atirou “para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que ia acontecer”.
A juíza Ariadne Villela Lopes, da 5ª Vara Criminal, também converteu a prisão de Aurélio em preventiva. O Ministério Público entendeu que o crime se caracteriza como homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar, embora Aurélio tenha sido inicialmente indiciado por homicídio culposo (sem intenção) pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. O inquérito, no entanto, ainda está com a Polícia e será finalizado e enviado ao Ministério Público.
Durval trabalhava como repositor de um supermercado. Sua viúva, Luzilane, afirmou que o crime foi motivado por racismo. “Tenho certeza que isso aconteceu porque ele é preto”, disse. O sepultamento de Durval ocorreu hoje, dia 4. A sua irmã, Fabiana, chamou o crime de “ato de covardia”.
Via G1.