Foi revelado hoje pelo jornal O Globo que a família do congolês Moïse Kabagambe, morto a pauladas na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro no último dia 24, não vai mais querer administrar os quiosques Biruta e Tropicália, onde ocorreu o crime, e não vão assumir a concessão dos estabelecimentos.
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O procurador da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, revelou essa informação ao jornal. “Eles desistiram de assumir, não querem mais, por medo”, disse Mondego. “Eles querem marcar com a Prefeitura para conversar. Eles aceitam outro quiosque, podem aceitar outra alternativa. Mas não aceitam ficar ali porque não vão se sentir seguros nunca. Porque já disseram que não vão sair de lá”.
O plano da prefeitura do Rio, anunciado esta semana, era de entregar à família de Moïse a concessão dos quiosques até 2030. Agora, os dois locais deverão ser transformados em memorial e ponto de transmissão da cultura de países do continente africano.
Após o assassinato, a família relatou ter sofrido ameaças. Os três homens acusados de cometer o assassinato se encontram detidos e responderão por homicídio duplamente qualificado.
Via G1.