Brunella Hilton, ex-candidata trans à Câmara Municipal de São Paulo pelo PSOL, estava desaparecida desde o dia 28 de fevereiro, quando mandou uma mensagem à sua mãe informando que iria a um bloquinho de Carnaval. O sumiço mobilizou familiares e o partido, que buscaram informações sobre seu paradeiro.
Mas neste domingo (16/3), a família descobriu que Brunella não estava desaparecida, mas sim presa. Segundo a Polícia Militar, ela foi detida em flagrante no dia 2 de março, na avenida São João, no centro da capital paulista, por vender brigadeiros contendo maconha. Os policiais afirmam ter encontrado mais de 800 gramas do produto com ela, o que configurou tráfico de drogas. A informação é da Folha de São Paulo.
A mãe de Brunella, que viajou de Coimbra, Minas Gerais, até São Paulo em busca de respostas, só foi informada da prisão após registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento no último sábado (15/3). O advogado da família, Roberto Guastelli, disse que não sabia da prisão da ex-candidata e que pretende procurar a polícia nesta segunda-feira (17/3) para tratar do caso.
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O possível desaparecimento de Brunella também mobilizou o PSOL, que afirmou ter recebido a notícia com preocupação e estava buscando informações sobre o ocorrido. A 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas informou à família sobre a prisão de Brunella, que está atualmente detida no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo.
Mulher trans e ativista, Brunella fez parte da candidatura coletiva Bancada dos LGBTQIA+ do PSOL, que obteve 1.113 votos na eleição municipal de 2024.