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Seca no AM: Eventos extremos de 2010 e 2023 têm causas diferentes; entenda

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Nesta segunda, 16, a seca atual no Amazonas se tornou oficialmente a mais severa no estado em 120 anos, ultrapassando a marca negativa de 2010, até então considerada a estiagem mais grave já observada no estado.

Segundo a medição no Porto de Manaus, a cota do Rio Negro observada hoje é de 13,59 metros: O nível mais baixo registrado do rio fora em 2010, com 13,63 metros. As medições hidrológicas tiveram início em 1903.


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Cientistas analisaram a seca histórica de 2010: Em estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pesquisadores apontaram que, tal e qual a realidade enfrentada hoje, a de 2010 também teve influência do fenômeno El Niño, o aquecimento das águas do oceano Pacífico Sul, o que intensifica as secas em várias regiões do Brasil. O aquecimento do Atlântico Norte também contribuiu para o fenômeno.

De acordo com os pesquisadores, a Amazônia enfrenta, em média, um evento extremo, seja seca ou cheia, a cada dez anos. No entanto, esse processo parece estar se acelerando: antes de 2010, outra seca bastante extrema foi a de 2005; e em 2009 a cheia na bacia amazônica foi bastante intensa.

Leia o estudo (em inglês) aqui: http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/2011GL047436.pdf.

A seca de 2010 atingiu principalmente a Amazônia Central. Na época, o estado do Amazonas entrou em calamidade pública devido ao baixo nível dos rios. Em vários municípios faltaram alimentos, água potável, combustível e energia.

A seca atual, porém, não pode ser atribuída somente ao El Niño, segundo especialistas. O pico do fenômeno acontece em dezembro, época chuvosa no estado. Mesmo assim, o Atlântico Norte está mais aquecido neste momento do que estava em secas anteriores, o que indica potencial de um período ainda mais cruel de seca, com impacto na fauna e biodiversidade. E, apesar de sazonal, a seca de 2023 começou antes, na comparação com outros anos.

É possível que as mudanças climáticas tenham relação com eventos climáticos extremos como a estiagem atual.

Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), afirmou o seguinte sobre o fenômeno:

“Viraremos o ano e o primeiro semestre de 2024 com impacto mais no leste e norte da Amazônia, pegando desde Manaus, Pará, inclusive o Maranhão”.

No momento, 50 dos 62 municípios do Amazonas estão em estado de emergência. 10 estão em situação de alerta. Regiões do Médio e Alto Solimões tem apresentado municípios com paisagens desérticas: Em Tefé, ganharam repercussão mundial cenas de botos sendo encontrados mortos no lago do município.

A seca também provocou outras imagens que ganharam o mundo: as queimadas nos municípios ao redor de Manaus fizeram com que a capital do estado apresentasse cobertura de fumaça prejudicial à saúde humana por vários dias seguidos.

*Com informações de Inpe e UOL.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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