Na manhã desta terça-feira (15/4), deputados se manifestaram na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) sobre a forte cheia que atinge o Rio Madeira, no Amazonas. Na tribuna, Dan Câmara (Podemos), Rozenha (PMB) e outros, comentaram sobre os impactos às pessoas, estradas, casas e comércio.
Dan Câmara
Dan Câmara (Podemos) falou sobre Humaitá, local em que esteve no último fim de semana. Segundo ele, alunos estão impedidos de estudar devido às cheias.

“As escolas estão impedidas de funcionar. Não somente em Humaitá, mas em Matupi, Manicoré. Está muito difícil a situação”, disse ele.
O parlamentar também comentou sobre dar celeridade à classificação de emergência na região.
Rozenha
O deputado Rozenha (PMB) explicou como a população de Humaitá está sendo afetada e quais são as ações emergenciais tomadas pelos próprios moradores.

“Os comerciantes estão tendo que mudar o seu comércio. Duas mil famílias estão desabrigadas pelo interior, 28 famílias tendo que estabelecer em barracas e tendas”, contou ele.
Em seguida, o parlamentar criticou a falta de atuação do Governo Federal no auxílio aos moradores afetados pela cheia.
“Eu não vejo movimentação alguma por parte das esferas de salvaguarda nacional, digo o Governo Federal”, criticou o parlamentar. “Não adianta decretar emergência se nós não tivermos a consciência do que precisa ser feito”, concluiu ele.
Adjunto Afonso
Adjunto Afonso (União Brasil) pediu a soma de esforços dos Governos Federal e Estadual, em apoio das famílias afetadas.
“Que possam começar a receber ajuda tendo do Governo do Amazonas como Governo Federal”, disse o deputado.
“Merece uma preocupação dessa casa, que a gente possa ajudar no que for possível para que possa minimizar o sofrimento daqueles moradores, principalmente no município de Humaitá”, finalizou ele.
João Luiz
O deputado João Luiz (Republicanos) repercutiu a dificuldade que os agricultores de Humaitá passam devido às cheias que isolaram a comunidade e dificultaram o tráfego pela BR-230.

“Se alguém passar mal na comunidade dos Tenharins para ir à Humaitá, não tem condições, poque o rio transbordou e isolou a comunidade indígena. Não tem como passar para o distrito do Matupí, quem precisa ir em Apuí também não tem condições”, disse ele.
O parlamentar também criticou a falta de apoio do Governo Federal.
“Os agricultores estão perdendo suas plantações. Um prejuízo grande e nenhuma estrutura do Governo Federal está sinalizando absolutamente com nada para socorrer aquele povo que lá está”, declarou.
Veja a fala dos parlamentares:
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Enchente no Rio Madeira
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, a cheia do Rio Madeira está devastando plantações e afetando a rotina escolar do município de Humaitá, no interior do Amazonas. Cerca de 16 mil pessoas foram afetadas e, no último domingo (13/4), o nível do Rio Madeira estava em 23,92 metros.

Maior cheia em 9 anos
A Agência Nacional de Águas (ANA) afirmou que o Rio Madeira subiu 6 metros desde janeiro deste ano e é a maior em 9 anos.

“Depois de 2014, essa é a maior cheia que estamos tendo , então praticamente toda produção da agricultura familiar, da população ribeirinha, foi perdida”, alertou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Jonathan Maciel, ao G1.