A Ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirmou nesta terça-feira (27/5) que se sentiu agredida pelo senador Plínio Valério durante discussão na Comissão de Infraestrutura do Senado, mas que apesar de tudo, saiu fortalecida do episódio.
“Eu saí dali mais fortalecida. Eles não conseguiram me intimidar”, disse Marina em entrevista concedida a Globo News. A Ministra do Meio Ambiente teve uma discussão acalorada com dois senadores e chegou a ser impedida de falar pelos parlamentares. O senador Marcos Rogério (PL), ainda chegou a falar que Marina Silva tinha que se “pôr no seu lugar”.
“O meu lugar é trabalhando para combater desigualdade, ter um modelo de desenvolvimento que gere prosperidade”, afirmou a ministra, que contou ainda que recebeu uma ligação do presidente Lula após o episódio.
“O presidente Lula fez questão de ligar para mim. Eu fiz questão de perguntar como ele estava, porque eu estava preocupada com a saúde dele, não queria levar mais questões. E ele fez a questão de dizer: ‘Passei a me sentir melhor depois que você tomou a decisão de se retirar daquela comissão. Você fez o que era certo, de não tolerar desrespeito'”.
Leia mais
Entenda o caso
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o senador Plínio Valério protagonizaram mais um embate no Senado Federal, nesta terça-feira (27/5), durante a sessão da Comissão de Infraestrutura. Após por um bate-boca acalorado com o senador sobre a polêmica pavimentação da BR-319, estrada que conecta Porto Velho (RO) a Manaus (AM), a ministra resolveu abandonar a sessão.
O momento mais crítico da audiência ocorreu quando Plínio Valério afirmou que desejava separar “a mulher da ministra”, pois, segundo ele, “a mulher merece respeito”, mas “a ministra não”.
“Ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, não estou vendo uma mulher. A mulher merece respeito. A ministra não. Por isso eu quero separar”, declarou Plínio Valério, elevando a tensão na comissão.
Votação da PEC do Banco Central é adiada para agosto e Plínio Valério dispara: “Se dependesse de mim votaríamos hoje”
Diante da fala, que Marina considerou ofensiva e machista, a ministra reagiu imediatamente e decidiu deixar a sessão, alegando falta de respeito por parte do senador.
*Com informações do G1.