O Grupo de Trabalho (GT) interinstitucional de monitoramento de esporotricose no Amazonas divulga, nesta terça-feira (27/08), o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. O documento está disponível no site da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES), www.fvs.am.gov.br .
O informe é dividido em dados de esporotricose humana, notificados à SES-AM, por meio da FVS-RCP; e esporotricose animal de Manaus, notificados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da capital. O documento é atualizado mensalmente, na última terça-feira do mês.
Esporotricose humana
No Amazonas, de janeiro até o dia 27 de agosto, foram notificados 1.072 casos de esporotricose humana, sendo 751 confirmados e 170 estão em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (719), Presidente Figueiredo (20), Barcelos (7), Urucurituba (4) e Careiro (1).
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Esporotricose animal
Em Manaus, de janeiro a 27 de agosto, foram notificados 2.027 casos de esporotricose animal, sendo 1.507 confirmados, em tratamento 870. Foram registradas 631 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é de gatos (97,7%), seguidos de cães (2,3%). Os animais envolvidos são, em maioria (66%), machos.
GT Esporotricose
Além da FVS-RCP, fazem parte do GT as seguintes instituições: Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (Fuham), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Amazonas (CRMV-AM) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus.
Sobre a esporotricose
A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de esporotricose humana, procurar uma unidade de saúde.
Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.