O Índice de Progresso Social (IPS), que avaliou 5,7 mil municípios brasileiros, indicou que as melhores cidades para se viver estão no interior de São Paulo, enquanto as piores estão na Amazônia.
Gavião Peixoto (SP), um polo aeroespacial da Embraer, lidera o ranking. Manaus ficou na 19ª posição entre as 27 capitais. Uiramutã (RR), com a maior proporção de população indígena no Brasil, obteve a pior nota, refletindo os serviços precários do núcleo urbano.
Das 20 melhores cidades, 13 estão no interior paulista, enquanto as 20 piores estão na Amazônia, marcada por uma economia predatória de recursos naturais.
Anapu (PA), na posição 11º como pior, é a cidade do assassinato da missionária Dorothy Stang em 2005, e fica em uma região de muito desmatamento. Jacareacanga (PA) sofre com o garimpo e Trairão (PA), com a extração ilegal de madeira.
O coordenador do IPS Brasil, destacou que o objetivo é avaliar a qualidade de vida, não o PIB.
“Queremos saber se no fim do dia as pessoas estão vivendo melhor. A Amazônia tem problemas sociais mais críticos. É imensa e com logística difícil. Os municípios sofrem com as atividades ilegais, baseadas em economia predatória, que geram alguns benefícios concentrados, mas inibem a chegada de investimentos. A situação de segurança pública se agravou”, disse o coordenador.
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O IPS Brasil é uma colaboração entre o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Fundação Avina, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, e o Social Progress Imperative.