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Família de jovem morta denuncia negligência na Hapvida: “Minha filha morreu com dor”

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O programa Fiscaliza Geral da Onda Digital denunciou hoje, 14, um caso de negligência médica no Hospital Rio Negro da rede Hapvida Saúde, situado no Centro de Manaus. Pâmela Mickaely, de 31 anos, vinha sofrendo dores desde novembro e precisava fazer uma operação de vesícula. O quadro dela se agravou nos últimos dias e, no domingo, ao ser internada, ela não conseguiu que a cirurgia fosse realizada. Pâmela veio a falecer no mesmo dia.

A mãe da menina, Miraci Firmino, e o dela, tio Lúcio da Silva, estiveram no estúdio da Onda para falar sobre o caso. Miraci falou:

“Minha filha tinha dores, íamos até a Hapvida, medicavam ela e a mandavam embora. No começo de fevereiro, fomos lá após ela ter uma crise intensa, mesmo. Os médicos resolveram fazer uma tomografia e deu que ela estava com uma pedra na vesícula. Mandaram procurar uma consulta com cirurgião, e ela conseguiu depois de muito choro com a moça que marca. Seria hoje, aliás, a consulta, ainda.

No dia seguinte, ela sentiu dores de novo e voltou à Hapvida. A médica que fez os exames disse que ela tinha que fazer essa cirurgia de vesícula o mais depressa possível. Na sexta, encontrei minha filha jogada no chão com dores intensas. Voltaram à Hapvida e passaram a noite lá. No sábado de manhã voltaram pra casa, e ela disse que só poderiam fazer a cirurgia depois da consulta. Ela ainda foi trabalhar. No domingo, 11 da noite, deixou o bebê dela comigo porque não estava mais aguentando. Ela voltou à Hapvida e não saiu mais”.


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Miraci se emocionou durante a entrevista:

“Minha filha saiu de lá morta. Como vou explicar pro bebê dela que a mãe não vai voltar? Estou aqui sem dormir porque ele passou a madrugada toda chorando na cama? Como vou explicar que ele não tem mais o peito pra mamar? No domingo, quando fomos na Hapvida com a reportagem, vieram dizer que iam conversar com a família. Agora querem me dar explicação? O que tem pra me explicar? Sei que a minha filha não vai voltar, mas eu só quero justiça. Me ajudem a compartilhar, pra que a Pâmela não seja um caso isolado”.

O jornalista Moisés Dutra, que acompanhou o caso desde o início, falou sobre a morte de Pâmela e a suposta negligência da Hapvida no atendimento:

“Fomos lá no domingo, após o funeral, e a princípio uma funcionária da Hapvida tentou barrar nossa entrada, porque não queria nenhuma equipe de reportagem lá. Falamos com uma gerente regional da Hapvida e perguntamos por que a cirurgia não foi feita. Ficou num disse-me-disse, e perguntei se havia cirurgião disponível. Ela desconversou, e a recepção estava lotada, com muita gente esperando e reclamando do atendimento. Acabou que ela não respondeu.

A Pâmela era da área da saúde, era farmacêutica. Amigos dela, médicos, nos relataram que ela devia ter sido encaminhada a uma UTI, o que não foi disponibilizado para ela. Ela morreu numa enfermaria, gritando de dor e clamando por uma cirurgia simples. E no fim das contas, não explicaram porque a cirurgia não foi feita. Disseram que iam emitir uma nota, e estamos esperando até agora.

A Agência Nacional de Saúde precisa tomar uma providência quanto ao plano de saúde Hapvida. Só no site Reclame Aqui, referência em defesa do consumidor, são 60 mil reclamações. Pedimos aqui da Procuradoria de Defesa do Consumidor que investigue a Hapvida”.

Ao longo do programa, o Fiscaliza Geral tentou diversas vezes entrar em contato com assessoria da Hapvida, sem resposta.

A mãe de Pâmela e seu advogado também informaram que têm uma reunião marcada para hoje, às 13h, com representantes da Hapvida. 

A entrevista completa com os familiares de Pâmela Mickaely e o jornalista Moisés Dutra pode ser assistida aqui.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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