O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) investiga alta de professores de matemática e de física, além da suspensão de aulas por falta de energia elétrica na Escola Estadual Agra Reis, em Manacapuru. A denúncia levou a promotoria do município a fiscalizar o local.
Durante a visita, a diretoria da escola explicou que a unidade está sem energia desde o final de janeiro, quando um raio atingiu e queimou o transformador do prédio. Na ocasião, a Coordenação Regional da Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar (Seduc) foi acionada e providenciou a substituição do equipamento, que também queimou dois dias depois.
Sobre ausência de professores
As aulas, segundo a coordenação da Agra Reis, se iniciaram em fevereiro, porém, devido à falta de energia, tem sido feito um revezamento de professores entre as turmas.
Em relação à falta de professores, a diretoria informou à promotora de Justiça Suelen Shirley Rodrigues da Silva que um matemático já foi contratado e já se apresentou à escola. O chamamento para o profissional de física, no entanto, não teve interessados.
Segundo a promotora Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira, a preocupação do Ministério Público é com o rendimento escolar das crianças e adolescentes, especialmente aqueles que estão nos últimos anos do ensino médio, considerando que, para eles, este é o ano do vestibular.
“A falta de professores e a redução da carga horária das aulas em consequência da falta de energia certamente trarão prejuízos ao rendimento educacional dessas crianças e dos adolescentes, e por isso a preocupação do Ministério Público”, destacou.
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O que diz a Seduc
A Coordenação Regional da Seduc informou ao MPAM que a concessionária Amazonas Energia colocou, há três dias, um medidor de energia no poste em frente à unidade escolar para averiguar a carga elétrica que está sendo transmitida. Além disso, solicitou um prazo de sete dias para a apresentação de um relatório que verificará se a responsabilidade pela queima do transformador é da Amazonas Energia ou da empresa fornecedora do produto. A aquisição de um novo transformador já está sendo providenciada, segundo a pasta.
Diligências
Em seu despacho, a promotora Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira requereu à Coordenação Regional da Seduc, em Manacapuru, que informe, no prazo de até dez dias, o dia em que será efetuada a troca do transformador da escola, bem como um cronograma para a reposição das aulas perdidas, assim como os nomes dos novos professores.
Além disso, a unidade da Amazonas Energia deverá apresentar informações sobre a situação do transformador da escola.

