A Abrasel divulgou os resultados de sua mais recente pesquisa, destacando os desafios enfrentados pelo setor no início de 2024. O estudo revela que janeiro foi um mês difícil para os estabelecimentos, especialmente aqueles localizados em áreas com menor fluxo turístico.
No Amazonas, a seccional revela que no primeiro mês do ano, 30% das empresas do setor relataram prejuízos, contra 20% que fecharam dezembro no vermelho, um aumento expressivo de cerca de 10 pontos percentuais nesse índice. Além disso, houve uma queda significativa no percentual de estabelecimentos que registraram lucro, passando para 34% em janeiro. Foram ouvidos 91 empresários do setor em todo o estado do Amazonas, entre os dias 19 e 26 de fevereiro.
A pesquisa também indicou, ainda, que 67% dos bares e restaurantes do estado tiveram um faturamento menor em janeiro do que no mês anterior. A queda no faturamento ajuda a explicar o mau desempenho.
“Cresceu o número de empresas operando com prejuízo, índice que bateu em 30%. Janeiro foi um mês de férias, com muitas pessoas saindo de Manaus, tanto para o interior quanto para fora do estado, e o fluxo de turistas, infelizmente, não compensou esse déficit. Muitas empresas ainda carregam um endividamento elevado e a queda no faturamento desequilibra demais o fluxo de caixa. A conta fica negativa, não tem jeito. O Carnaval não foi suficiente para equilibrar essa equação, é preciso mais dinheiro girando na economia de Manaus e do Amazonas para isso. Janeiro é um mês um pouco atípico. O bom desempenho do setor em dezembro ajuda a criar um contraste com a baixa no primeiro mês do ano, em que muitas famílias estão de férias e fora dos grandes centros”, explica Rodrigo Zamperlini, presidente da Abrasel no Amazonas.
A pesquisa corroborou a estimativa da Abrasel no Amazonas, mostrando que no carnaval, 85% ficaram de portas abertas durante a folia. Destas, 43,5% das empresas disseram ter tido um aumento no faturamento em relação ao Carnaval do ano passado – esse aumento, em média, foi de 14%. Outros 13% tiveram um desempenho igual ao de 2023 e 38% ficaram abaixo – 5,5% não existiam em 2023.
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Outro desafio enfrentado pelo setor é a dificuldade em reajustar os preços dos cardápios. Cerca de 38,8% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 53% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação. Apenas 8,2% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação. Além disso, 43,5% dos estabelecimentos relataram atrasos em seus pagamentos, evidenciando as dificuldades financeiras ainda enfrentadas por parte do setor.
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