O senador Plínio Valério (PSDB) esteve hoje, 16, no estúdio da Onda Digital no programa Fiscaliza Geral. Ele falou sobre o prêmio que recebeu como um dos melhores senadores do país, e expôs sua posição sobre temas polêmicos como a PEC da Transição e o chamado “orçamento secreto”.
Sobre a premiação, o senador declarou:
“É da associação Ranking dos Políticos. Eles observam todos os parlamentares e seguem alguns critérios: o primeiro é ser ficha limpa, o que já elimina um bocado. Depois olham combate à corrupção, produção legislativa… Não digo que o prêmio foi uma surpresa, mas foi uma alegria ficar entre os 5 melhores senadores. Isso não me envaidece, mas fico feliz de ser premiado pelo trabalho que exerço. É consequência do meu trabalho”.
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Valério também explicou sua oposição à PEC da Transição, que tramita no Congresso e visa viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 pelos próximos 2 anos, mantendo-o fora do teto de gastos:
“A PEC ‘fura-teto’ arromba tudo. Ela vai permitir que os petistas assumam toda e qualquer função, sem ter preparo, só porque é da confraria. Governar não é confraria. Se a gente permitir que essa PEC passe, estaremos virando anarquia. O Senado tem a responsabilidade de fazer com que a PEC não passe. O PSDB, junto com o Podemos, trabalha para boicotar. Precisa de R$ 50 bilhões, os caras querem R$ 200. A gente oferece R$ 100 por um ano, não aceitam, então temos que votar contra. Ninguém, nenhum maluco é contra o Auxílio Brasil, mas a gente é contra os penduricalhos, a esperteza”.
E a respeito das emendas de relator, o chamado “orçamento secreto” que parlamentares recebem – prática instituída no governo Bolsonaro que está sob votação no STF – o senador disse:
“Existem as emendas impositivas, e aquelas de relator, que chamam de orçamento secreto. Digo ao povo amazonense e aos brasileiros que aceito todas as emendas que me oferecem. Já mostrei pra vocês que elas não têm nada de secreto. Meu orgulho é menor que a necessidade da população.
Fizemos emendas para navio, para policlínica, no João Lúcio… Voltei de lá emocionado. Pegaram R$ 1 milhão e meio da emenda que fiz e compraram assentos, cadeiras de acompanhante… Um doente me deu um abraço. Qual político entra num hospital e é abraçado? Temos trabalho nisso. Eu aceito toda e qualquer emenda, desde que não me quebre a espinha dorsal e não me corte o pescoço”.
Valério também reafirmou que não pretende ser candidato a prefeito de Manaus em 2024:
“Não serei candidato a prefeito, não tenho o perfil de executivo, o cara que vai resolver os problemas dos bairros… Não me coloco como candidato a prefeito.
[…] Mas é certo que terei que ter um candidato, não vai ser como nesta eleição para governador. Não ficarei alheio nem à margem. O PSDB vai ter que apoiar alguém, porque não podemos deixar que essa turma continue controlando o destino de Manaus e do Amazonas”.
A entrevista completa com o senador Plínio Valério pode ser assistida aqui.