O vereador Capitão Carpê (Republicanos) esteve na manhã de hoje, 6, no estúdio da Onda Digital para participar do programa Fiscaliza Geral com os jornalistas Alex Braga e Ananda Chamma. Carpê falou sobre a eleição para presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), ocorrida ontem, que foi vencida pelo vereador Caio André (PSC). Após a eleição de ontem, Carpê também foi eleito para o posto de ouvidor da casa.
A respeito da eleição de ontem, ele disse:
“Precisávamos dar uma resposta à população, a de que a CMM não é um puxadinho da prefeitura. É muito importante que os poderes sejam independentes, e a Câmara é o principal órgão fiscalizador da Prefeitura.
Estive desde o início na formação da chapa [do vereador Caio André]. Um grupo de vereadores não estava satisfeito com a atual gestão. Houve uma tentativa de reeleger o atual presidente [o vereador David Reis], e isso é proibido tanto pelo regimento interno quanto pela LOMAN, a constituição do município. Acho que fui o primeiro vereador a me posicionar contra isso, fiz um tweet no dia 6 de outubro e com isso começou um movimento pela não-reeleição. Graças a Deus, conseguimos carimbar a independência e a transparência da CMM e terei orgulho de fazer parte da mesa diretora na posição de ouvidor. Seremos um elo de comunicação entre a população e o serviço”.
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Carpê falou sobre o processo de “implosão” da base do prefeito dentro da casa, que contribuiu para a derrota na eleição:
“Houve várias tentativas de emplacar candidatos dentro da base governista. Acho que, na base, antes da eleição tudo eram flores, houve várias promessas. Quando após a eleição, o prefeito não conseguiu eleger nenhum deputado federal, e os que estavam lá não tiveram o apoio de que precisavam, houve uma insatisfação. E essa insatisfação implodiu no momento que tentaram reconduzir o David Reis. E aquele nosso grupo de vereadores que estava ali perturbando, fiscalizando, nos juntamos. Houve a junção da insatisfação dos que estavam do lado de lá com o desejo de mudança dos que estavam aqui”.
E sobre vereadores que mudaram de voto, após terem gravado vídeo declarando apoio a Caio André – caso dos parlamentares Peixoto (Pros) e Gilmar Nascimento (União Brasil) – Carpê afirmou:
“O vereador Peixoto alegou que houve uma imposição por parte do partido. É óbvio que mesmo após gravarem os vídeos, houve tentativas de convencimento, vocês sabem como isso funciona. Mas eu com certeza não mudaria meu voto, no momento em que gravei o vídeo já sabia o que eu queria. Dentro da comunidade onde eu cresci, palavra de homem não faz curva”.
E ele finalizou:
“O nome do Caio André em nenhum momento foi opção do prefeito, nem o de nenhum de nós. O que houve foi uma derrota, concretizada na eleição de ontem. Agora vamos nos programar para que, nos próximos 2 anos, a gente resgate os valores que a CMM, como poder, deve exercer”.
Ele também prometeu rever os contratos polêmicos firmados na gestão David Reis, como o do “cafezinho” da CMM, que gerou controvérsia. A entrevista completa do vereador Capitão Carpê pode ser assistida aqui.