No final da manhã de hoje, 16, agentes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Polícia Federal e Conselho Tutelar foram à sede do Comando Militar do Amazonas (CMA) para negociar com manifestantes acampados em frente ao prédio desde o dia 2 deste mês. Eles protestam contra o resultado das eleições presidenciais deste ano, assim como vários manifestantes em todo o Brasil desde a realização do segundo turno.
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As autoridades cumprem determinação judicial da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, titular da 1ª Vara do Tribunal Regional Federal, que na tarde de ontem decidiu pela dispersão da manifestação.
Em seu despacho, ela mencionou crianças presentes na manifestação, gasto de energia ilegal, problemas no trânsito de veículos e aglomeração no local como excessos que “favorecem o caos”, e determinou que autoridades municipais, estaduais e federais acabassem com a manifestação, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Veja vídeo abaixo gravado na manifestação no CMA:
15 dias de manifestação em Manaus
Os manifestantes estão reunidos em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA) desde o dia 2 de novembro. Durante esses 15 dias, os manifestantes seguem ocupando parte da Avenida Coronel Texeira, causando dificuldades ao trânsito na região desde então. No local também é possível avistar barracas e banheiros químicos utilizados pelo grupo que contesta o resultado das eleições e a transparência no processo eleitoral.
Os atos começaram em várias regiões do Brasil, na última segunda-feira, 31, quando os grupos de apoiadores de Bolsonaro, entre caminhoneiros e motoristas, combinaram por meio das redes sociais de fecharem as rodovias federais. Aqui no Amazonas, trechos da BR-174 foram interditados, inclusive carradas de barro foram jogadas no meio da rodovia. Na ocasião, os apoiadores pedem “intervenção militar” e “resistência civil”.