Tem início hoje, dia 7, o julgamento da ex-deputada federal e pastora evangélica Flordelis. Ela está presa desde agosto de 2021 acusada de ter arquitetado a morte de seu marido, o pastor Anderson do Campo. Ele foi morto a tiros em em 16 de junho de 2019, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quando saía do carro. Flordelis tinha entrado em casa momentos antes.
Além dela, serão julgados também sua filha biológica Simone dos Santos Rodrigues; a neta Rayane dos Santos Oliveira; e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva, todos acusados de participação no crime.
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Flordelis é ré por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica. Já Marzy, Simone e André Luiz responderão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada; e Rayane, por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada. A expectativa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) é de que o julgamento dure vários dias, devido ao número de réus.
A ex-deputada foi cassada pelo seu envolvimento no crime. Apesar de inicialmente ela e seus familiares tenha defendido a hipótese de que Anderson tinha sido morto em tentativa de assalto, investigações mostraram que Flordelis, os filhos e a neta tinham se envolvido num plano para matar o pastor, incluindo até tentativas de envenenamento anteriores. Um dos filhos adotivos dela, Flávio dos Santos Rodrigues, acusado de ser o autor dos disparos, foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e associação criminosa. Já o filho adotivo Lucas Cézar dos Santos de Souza, que comprou a arma usada no crime, recebeu pena de sete anos e seis meses de prisão por homicídio.