O bispo Edir Macedo, líder fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e uma das lideranças evangélicas que mais fez oposição a Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje, 3, em discurso postado nas suas redes sociais, que o presidente eleito deve ser perdoado e que a vitória do petista foi escolha divina.
No vídeo, Macedo diz:
“Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer. O diabo quer acabar com a sua fé, com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola pra frente, vamos olhar pra frente”.
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Ele continuou:
“Eu orei, ‘ó Deus, que quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita vossa vontade, sobretudo porque o Senhor é que manda.
Falamos que as pessoas devem perdoar para que possam ser perdoadas. É o que Jesus ensina, é o que nós cremos. […] vamos colocar a cabeça no lugar, nós fizemos as nossas escolhas. Ei, e a escolha foi da maioria, obviamente, que votou.
Sua fé não vai valer de nada se você não perdoar”.
Macedo foi aliado de Lula, mas a partir de 2018 endossou o bolsonarismo, assim como a maioria das lideranças evangélicas. Macedo na verdade se aliou a todos os presidentes desde Fernando Collor em 1989. Já seu genro, o bispo Renato Cardoso, apontado como seu sucessor, é hoje a maior figura da Universal com apego ao bolsonarismo. Ele escreveu há alguns meses texto amplamente divulgado afirmando que é impossível a um cristão ser de esquerda.