A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), em reunião desta quarta-feira (5), concordou com corte de produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro, como já tinha sido especulado no fim do dia na última terça.
Logo após a decisão, a alta do petróleo dos últimos dois dias se estendeu, com o brent para dezembro em alta de 0,85%, a US$ 92,58 o barril, mas depois passou a operar com leves perdas. Contudo, no início da tarde, às 12h45 (horário de Brasília), o petróleo voltou a ganhar força, avançando 2% e superando os US$ 93.
A medida deve reduzir a oferta em um mercado de petróleo que executivos e analistas de empresas de energia dizem que já está apertado devido à demanda saudável, falta de investimento e problemas de fornecimento.
A Opep+ aumentou a produção este ano após cortes recordes implementados em 2020, quando a pandemia reduziu a demanda.
O corte pode estimular uma recuperação nos preços do petróleo, que caíram para cerca de US$ 90, de US$ 120 há três meses, por temores de uma recessão econômica global, aumento das taxas de juros dos EUA e um dólar mais forte.
Os Estados Unidos pressionaram a Opep a não prosseguir com os cortes, argumentando que os fundamentos não apoiam a medida. Fontes ouvidas pela Reuters disseram que ainda não está claro se os cortes podem incluir reduções voluntárias adicionais por membros como a Arábia Saudita, ou se podem incluir a subprodução existente pelo grupo.