A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assumiu sua própria defesa durante as alegações finais de um julgamento em que ela é acusada de corrupção.
Cristina disse que sua intervenção nesta sexta-feira “não é uma concessão graciosa do tribunal”, mas, sim, uma prerrogativa que ela tem por ser advogada: “Se eu não tivesse a sorte de ser advogada, estaria em estado de indefesa diante da extensão do argumento do promotor”, afirmou Kirchner.
O Ministério Público pede 12 anos de prisão para ela e também quer que a Justiça proíba sua participação na política.
O julgamento começou em 2019. Ela é acusada, junto com outras 12 pessoas, de ter direcionado obras públicas para as empresas de um homem chamado Lázaro Báez. Em troca, ele teria repassado dinheiro para ela, de acordo com a acusação. Para os promotores, ela é culpada de associação ilícita e de administração fraudulenta agravada.
Essas licitações de obras públicas fraudulentas teria acontecido na província de Santa Cruz, o reduto político dos Kirchner. O veredicto deve ser conhecido até o final deste ano.