O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a abordar nessa quinta-feira (22) a estratégia de militares fiscalizarem a “sala secreta” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. “As Forças Armadas foram convidadas para participar de uma comissão eleitoral. Apresentou sugestões. Parte das sugestões foi acolhida”, comentou Bolsonaro em entrevista o programa do apresentador Sikêra Jr., na TV A Crítica de Manaus.
“As informações que eu tenho aqui é que as Forças Armadas pretendem colocar técnicos deles dentro da sala cofre do TSE, uma sala aqui que ninguém sabe o que acontece lá dentro, assim como a Polícia Federal parece que vai fazer a mesma coisa e a Controladoria-Geral da União também deve fazer a mesma coisa. Entendo que a chance de desvio corrupção diminui bastante. Não zera. Zeraria com o voto impresso”, disse Bolsonaro.
A totalização dos votos nas eleições brasileiras não é feita em uma sala secreta. Na verdade, o trabalho é realizado em dois espaços distintos: a Seção de Totalização e Divulgação dos Resultados e a sala-cofre, citada por Bolsonaro, localizados na Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), em um prédio anexo à sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
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Vinte funcionários trabalham na Seção de Totalização e Divulgação dos Resultados, que não é um local secreto. A equipe desenvolve o programa de totalização dos votos e fiscaliza o funcionamento dos softwares não só no dia da votação, mas também antes da eleição.
O espaço pode receber a visita de qualquer pessoa, desde que devidamente identificada na portaria no TSE. Ali, no dia da eleição, integrantes de partidos, membros do Ministério Público e de entidades fiscalizadoras podem acompanhar o funcionamento do sistema na totalização dos votos. O acesso segue as diretrizes de segurança do TSE.
Via UOL