Estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), divulgado nesta quarta-feira, dia 14, aponta que três a cada dez famílias brasileiras sofrem insegurança alimentar moderada ou grave, ou seja, têm dificuldades para comprar alimentos ou têm que reduzir a quantidade de algum item.
Somando com a insegurança alimentar leve, são 125,2 milhões de pessoas atualmente com preocupação sobre a disponibilidade de alimentos, com algum grau de indisponibilidade dos mesmos ou passando fome – seis em cada dez famílias brasileiras.
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A maior proporção de famílias em insegurança alimentar estão nas regiões Norte e Nordeste do país. Alagoas é o estado com maior índice de insegurança: 36,7% das famílias pesquisadas apresentam essa condição. Em segundo lugar, vem o Piauí, com 34,3%, seguido pelo Amapá, com 32% dos domicílios nessa situação. Na sequência, estão Pará e Sergipe, ambos com 30% da população atingida.
Porém, de acordo com o estudo, apesar de proporcionalmente se mostrar mais presente nas regiões Norte e Nordeste, em números absolutos a maior concentração de pessoas que passam fome está no Sudeste: São Paulo e Rio de Janeiro puxam os números, com 6,8 e 2,7 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, respectivamente.
Os pesquisadores foram de casa em casa, de novembro do ano passado a abril deste ano. Eles visitaram 12.745 domicílios em 577 cidades, em todos os estados do país e no Distrito Federal.