Nesta quinta-feira, 8, o venezuelano Luís Domingo Siso, de 60 anos, que ateou fogo na lotérica localizada no Mercado Adolpho Lisboa, no Centro Histórico de Manaus, recebeu alta do hospital.
O homem suspeito de atear fogo na loteria, estava internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio há 24 dias. Ele deixou a unidade de saúde escoltado pela polícia e foi encaminhado para depoimento no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
O delegado do 24º DIP, Marcelo Martins, foi até hospital para acompanhar a liberação do suspeito. O venezuelano vai prestar depoimento sobre o que motivou e como aconteceu o crime.
“Como ele estava hospitalizado, nós não tivemos oportunidade de cumprir esse mandado em relação a ele e, como hoje teve alta, nós viemos aqui fazer a captura dele e colher o interrogatório”, afirmou o delegado.
De acordo com a polícia, o suspeito vai responder por homicídio qualificado consumado, crime de homicídio tentado e crime de incêndio e dano qualificado. Três pessoas morreram em decorrência das queimaduras provocadas pelo incêndio. Uma quarta vítima segue internada.
Uma quarta vítima segue internada no Centro de Tratamento de Queimado (CTQ) do Hospital 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul de Manaus. A mulher está apresentando quadro de saúde estável.
Incêndio
Luís Domingo Siso ateou fogo na lotérica localizada no Mercado Adolpho Lisboa, no dia 16 de agosto. Imagens de uma câmera de segurança registraram toda a ação do suspeito.
Nos vídeos, o homem aparece jogando gasolina na porta da lotérica e volta para uma fila que se formava do lado de fora do local. Depois, ele retorna para a porta, puxa algo da bolsa e é impedido por um outro homem. Os dois começam a brigar, mas, em determinado momento, o fogo se espalha no local.
O suspeito é segurado por outras pessoas e chega a ser agredido. Ele teria cometido o crime após um desentendimento por não conseguir realizar um procedimento de saque no local, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc).
De acordo com a Polícia Civil, o venezuelano já havia sido preso em 2020 por tentar cometer um crime semelhante em outra casa lotérica. Após o incêndio provocado na lotérica do Centro, a Justiça do Amazonas determinou a prisão preventiva dele.