Em reunião hoje, 31, entre o Ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes, ficou decidido que as respectivas áreas técnicas do TSE e da Defesa devem apresentar, em conjunto, a proposta de um “projeto piloto” de uso de biometria dos eleitores para o chamado teste de integridade das urnas eletrônicas.
Essa sugestão já tinha sido feita pelas Forças Armadas há algumas semanas, e foi considerada inviável pelos técnicos do TSE. O teste consiste numa votação paralela à oficial com o objetivo de provar que o voto digitado é o mesmo que será contado, e é implementado nas vésperas das eleições, em seções eleitorais sorteadas, que recebem de três a quatro urnas para participar do controle.
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Esta foi a primeira reunião entre o TSE e a Defesa a contar com a presença de técnicos dos militares. O TSE disse que a reunião serviu para reafirmar a importância do teste de integridade como “mecanismo eficaz de auditoria”. Os técnicos das Forças Armadas queriam que os testes fossem realizados nas próprias seções eleitorais, mas o TSE argumentava que isso dificultaria muito a questão logística na hora da votação, com eleitores tendo que permanecer nas seções após o voto para fazer o teste de biometria.
Não foram divulgados maiores detalhes sobre o projeto piloto, nem se ele já valerá para o pleito deste ano.
Desde a última segunda, 29, o TSE vem realizando a cerimônia de lacração das urnas eletrônicas, uma das últimas etapas da auditoria dos programas que serão utilizados nos equipamentos. No primeiro dia, técnicos das Forças Armadas, do Ministério Público e da USP (Universidade de São Paulo) acompanharam os servidores do tribunal nos procedimentos. Na sexta, dia 2, o ministro Alexandre de Moraes deverá assinar o código-fonte junto de demais autoridades e o sistema será lacrado digitalmente e armazenado na sala-cofre do TSE.