O tenente da Polícia Militar (PM) Henrique Velozo, 30, preso neste final de semana por matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo com um tiro na cabeça durante evento no sábado, 6, já havia sido condenado por agredir policiais numa boate, em 2017.
Em 27 de outubro de 2017, Henrique foi acusado de agredir policiais que responderam a uma ocorrência de confusão na boate The Week, Zona Oeste de São Paulo. O PM estava de folga e sem uniforme. O Ministério Público afirma que um vídeo gravado no local e testemunhas confirmaram a versão dos agentes que encontraram Henrique “embriagado”, “nervoso e exaltado, dificultando o trabalho dos militares”. Em 13 de maio de 2021, ele foi condenado a nove meses de prisão em regime aberto.
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Na noite de sábado, Henrique, que também é praticante de jiu-jítsu, foi tirar satisfação com Leandro no Clube Sírio, durante o show de pagode do grupo Pixote. Leandro o imobilizou e, ao ser solto, Henrique sacou sua arma e atirou no rosto do lutador. O atleta ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu no domingo, dia 7. Ele tinha 33 anos.
Henrique se apresentou espontaneamente à polícia e se encontra no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte.
O corpo de Leandro Lo, oito vezes campeão da categoria, foi velado na tarde de hoje. O velório foi marcado pela presença maciça de lutadores usando quimonos. Sua mãe, Fátima, deu depoimento à imprensa e afirmou que acredita que o PM foi ao show já com intenção de cometer o crime:
“Ele era lutador na vida, nos tatames ele só trouxe alegria para a gente. Muito preocupado com a família. Ele era a alegria em pessoa e uma pessoa que fez isso com ele… E a pessoa conhecia ele, porque era do jiu-jitsu também, e acabou acontecendo. A pessoa já foi para isso, com certeza já foi pra isso, só que a gente não sabe o porquê”.
