Mais de 200 gatos foram castrados no bairro Santo Antônio, zona Oeste de Manaus, com objetivo de combater a transmissão de esporotricose. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Dr. Carlos Durand, deu início à ação na segunda-feira (25) e encerrou os atendimentos nesta sexta-feira (29).
“O bairro Santo Antônio recebeu a ação por conta da alta incidência da doença na região, disseminada principalmente pelos felinos. Um levantamento da Semsa, iniciado no final de junho, identificou o quantitativo de gatos nas residências do bairro, com intuito de localizar casos suspeitos e disponibilizar vagas para a castração”, destacou o secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho.
O chefe do Núcleo de Vigilância de Zoonoses da Semsa, Jhonata Cavalcante, explicou que a esporotricose animal é transmitida por um fungo que fica naturalmente no solo, do gênero Sporothrix, e ocasiona o surgimento de feridas, principalmente na região do focinho e patas dos animais. A doença também pode ser transmitida para os seres humanos.
“A castração é uma das principais formas para quebrar a cadeia de transmissão da doença, para evitar que o animal saia de casa para procriar e tenha contato com outros animais infectados”, informou Cavalcante.
Casos
Manaus já registrou 160 casos de esporotricose humana desde 2020, além de 240 casos de esporotricose animal, sendo a maioria na população felina. Os sintomas iniciais em humanos são lesões parecidas com uma picada de inseto, e o tratamento, na maioria dos casos, pode ser feito com administração de antifúngico, sob orientação do médico ou veterinário.
A doença pode ser transmitida, tanto aos animais quanto às pessoas, pelo contato com materiais contaminados, como casca de árvores, palha, farpas, espinhos ou terra. O animal contaminado pode transmitir aos seres humanos por meio de arranhões, mordidas ou contato com a pele lesionada.
**Com informações da Assessoria