A Polícia Civil do Paraná informou que o vigilante Claudinei Coco Esquarcini, um dos diretores da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu (PR), cometeu suicídio ontem em Medianeira (PR), a 50 km de Foz. Ele se atirou de um viaduto e morreu pelos ferimentos.
A Aresf foi o local do assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda no dia 9 deste mês. Arruda estava comemorando seu aniversário em festa temática do partido com foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
Leia mais:
Caso do petista morto: Perícia no celular do assassino pode mudar investigação
Advogado de petista morto em festa pedirá por mais apurações sobre crime
Segundo a Polícia Civil, Guaranho teve acesso às câmeras de segurança da Aresf no dia do assassinato, enquanto estava em churrasco com amigos, e em decorrência disso resolveu ir até o local para fazer uma provocação.
José Augusto Fabri, outro vigilante da associação, disse que a permissão para ver as câmeras não era um procedimento comum e citou Esquarcini como responsável por permitir acesso às imagens das câmeras de monitoramento do clube onde Arruda foi morto. Esquarcini detinha a senha para acessar o sistema. A defesa de Arruda acredita que Esquarcini teria repassado as imagens a Guaranho.
A defesa também solicitou que o presidente da associação seja intimado para apresentar a lista completa dos associados ao Ministério Público, além da busca e apreensão do celular de Claudinei Esquarcini.
Segundo pessoas próximas ao vigilante, Esquarcini teria ficado abalado com o assassinato do petista, o que pode ter contribuído para seu suicídio. O Ministério Público e a Polícia Civil do Paraná querem saber se há relação entre o suicídio e o assassinato do petista.
