A delegada Camila Cecconello, responsável pelo caso do assassinato do tesoureiro do PT e guarda penal Marcelo Arruda no último sábado, informou hoje que a polícia está realizando perícia no celular do assassino, Jorge Guaranho. Segundo a delegada, essa perícia do celular pode mudar o rumo das investigações.
Ontem, a mesma delegada afirmou que, embora Guaranho tenha sido indiciado pelo assassinato por homicídio duplamente qualificado e por motivo torpe e perigo coletivo, não viu “motivação política” no caso. Ela também tinha declarado o inquérito como concluído.
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A delegada afirmou:
“A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. E extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação.
Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura desse suspeito, do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e claro aguardar”.
O prazo para entregar o inquérito termina nesta terça, 19.
A conclusão de que não houve motivação política para o assassinato despertou polêmica e críticas à investigação da polícia desde que foi anunciada. A defesa da família de Arruda alega “pressa” nas investigações.