A delegada Bárbara Lomba, itular da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de São João de Meriti, responsável pela investigação sobre o estupro sofrido por uma mulher grávida durante cesariana pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, informou hoje que a vítima foi medicada com coquetel anti-Aids para evitar possível contágio em virtude do abuso sofrido.
A medida é protocolar em casos de violência sexual. Lomba também informou que a vítima foi informada do ocorrido por meio de uma conversa via telefone.
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Além deste crime, a delegada investiga também outras possíveis cinco ocorrências de estupro pelo mesmo anestesista. Ela descreveu Bezerra como um “criminoso em série”, afirmando:
“Pela repetição das ações criminosas que nós observamos e pela característica compulsiva das ações do indiciado, nós podemos dizer que é um criminoso em série. Com todas as informações que coletamos até agora, tudo indica que a sedação era feita para a prática do estupro”.
O caso atraiu atenção nacional porque Bezerra foi flagrado em vídeo cometendo o estupro durante a cesariana da paciente. Membros da equipe médica que já vinham desconfiando do comportamento do anestesista colocaram um celular escondido na sala de cirurgia do Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti (RJ) e o flagraram colocando o pênis na boca da mulher desacordada durante o parto. Bezerra está preso em Bangu 8, em isolamento, sob regime de prisão preventiva enquanto o inquérito prossegue.