Kennedy C. de Miranda, de 22 anos, morreu após ser atingido com um tiro na cabeça durante confraternização de Natal em família, por volta de 0h10 desta quarta-feira (25/12), na rua Xavante, no bairro Colônia Terra Nova 2, na zona Norte de Manaus. O suspeito do crime é um policial militar, que está foragido.
Segundo apurado pela Rede Onda Digital, Kennedy e a esposa saíram de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus) para passar o Natal com a irmã da ex-esposa do policial militar Edersson Oseias C. Lira, de 41 anos, conhecido com o nome de guerra “Lira”.
Visivelmente embriagado e segurando uma garrafa de cerveja, “Lira” chegou minutos depois na residência cumprimento a filha e a ex-esposa.
Na saída, o policial militar olha para esposa de Kennedy e pergunta se ele é “vagabundo”. Ao ser chamado de “vagabundo”, Kennedy se levanta e questiona o policial pela atitude: “Você acha que eu tenho cara de vagabundo?”
“Lira”, por sua vez, se altera, saca a arma de fogo que trazia na cintura e efetua sem piedade três tiros à queima-roupa contra o jovem, dos quais um atingiu a cabeça.
No mesmo ato, a irmã e o irmão da ex-esposa do policial foram alvejados com tiros de raspão. “Lira”, que fugiu em seguida, possui histórico de violência doméstica contra a ex-esposa.
Saiba mais:
Levado às pressas ao hospital
Após o tiro na cabeça, Kennedy ainda foi socorrido por populares inicialmente para o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Policlínica Dr. Danilo Corrêa, sendo transferido para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. João Lúcio, respectivamente, nas zonas Norte e Leste.
Apesar dos esforços, Kennedy não resistiu ao ferimento e morreu por volta das 7h desta quarta-feira de Natal. O irmão da vítima, Giliarde Cardoso Cruz, de 33 anos, registrou o crime na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). De acordo com Gilliarde, que conversou com a reportagem, o irmão não conhecia o policial militar.
“O meu irmão não tinha nenhum vínculo com o polícia (policial). Simplesmente, o policial ficou alterado, puxou a pistola e atirou na cabeça do meu irmão de forma covarde”, lamentou.
PM Foragido
“Lira” segue foragido por homicídio qualificado mediante pagamento ou promessa de recompensa, ou por motivo torpe – previsto no artigo 121, inciso 2º, do Código Penal, e crime hediondo no artigo 14, inciso II, do Código Penal. Ele é considerado foragido.
Quem tiver informações sobre o policial militar “Lira” pode ligar para o 181, disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). A identidade do informante é mantida em sigilo.