Nesta quinta-feira (19/12), nove pessoas foram presas suspeitas de fazer parte de um esquema de produção, cultivo e venda de “dry”, uma maconha mais potente feita em laboratório. O caso aconteceu no município de Santa Isabel, em São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo operava em um laboratório residencial para transformar a droga em uma variação mais cara e potente conhecida como “dry”.
Após meses de investigação, as autoridades localizaram o endereço da estufa utilizada pela quadrilha. Entre os presos estavam o proprietário do imóvel e um homem identificado como o responsável pela construção da estufa. Um suspeito conseguiu fugir e está sendo procurado.
A chácara onde a droga “dry” era cultivada foi descoberta durante as investigações conduzidas pelo 77º Distrito Policial da capital, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A quadrilha também tinha ligação com o tráfico de drogas no Centro de São Paulo.
Durante a operação, os agentes apreenderam equipamentos usados na confecção da droga. Um fuzil, uma carabina calibre 22, diversos chips telefônicos e cinco veículos utilizados para transportar as substâncias ilícitas também foram confiscados.
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O que é o “dry”
Uma maconha mais potente feita em laboratório a partir do haxixe e que tem abastecido baladas e festas da elite das grandes cidades do Brasil nos últimos meses. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, um cigarro da droga pode custar até R$ 500.
Os consumidores são pessoas com alto poder aquisitivo, como médicos, advogados ou filhos de empresários, diz a Polícia Civil. A “maconha dos playboys” é mais potente devido à alta concentração de THC, como é chamada a substância psicoativa encontrada na cannabis, causando efeito prolongado, segundo quem já experimentou a droga.