Na tarde desta terça-feira (17/12), ocorreu a diplomação do prefeito reeleito de Manaus, David Almeida (Avante), do vice-prefeito eleito, Renato Júnior (Avante), e dos 41 vereadores eleitos e reeleitos para a próxima legislatura (2025-2028). Apesar dos holofotes estarem aos diplomados, figuras políticas se ausentaram e preferiram acionar representantes para a cerimônia, como o governador do Amazonas Wilson Lima (União Brasil), que foi representado pelo vice-governador Tadeu de Souza (Avante), indicado pelo atual prefeito da capital em 2022, quando ambos, David e Wilson, ainda eram aliados.
A diplomação é um documento físico fundamental para que os candidatos eleitos tomem posse em 1º de janeiro.
O evento aconteceu no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), localizado na Avenida André Araújo, Zona Centro-Sul da capital amazonense, e reuniu inúmeras personalidades, deputados estaduais, secretários e outras autoridades do estado, além de representantes da Justiça Eleitoral.
Cenário Amazonense
Procurado pela equipe da Rede Onda Digital, o cientista político Helso Ribeiro, comentou que o cenário amazonense não é diferente do que acontece nacionalmente, inúmeros governadores também buscam recuar e traçar uma estratégia para o período que antecede as eleições.
“Nesse momento, não só Wilson Lima como outros governadores Brasil afora vão dar uma recuada, e colocar o ‘bloco na rua'(representantes), em termos de visibilidade só de fato a partir de fevereiro e março de 2025, enquanto isso, é trabalhar e mostrar projetos”, explica.
Isso demonstra que o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), estão mesmo distantes quando o assunto é aliança política-eleitoral.
Mesmo que nenhum dos dois reconheça publicamente esta realidade, basta observar os gestos para chegar a essa conclusão. Uma demonstração clara desse “relacionamento frio” entre os chefes do Executivo foi a ausência na diplomação e entre outros eventos.
Em outras palavras, Wilson Lima terá apoio suficiente para 2026? do prefeito de Manaus, não!
Outra ausência também percebida foi a do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), representado pelo deputado estadual e primeiro vice-presidente da Casa, Carlinhos Bessa (PV).
Cidade, assim que encerrou as atividades parlamentares com a aprovação da LOA 2025, viajou para para fora do país com a família. O candidato a prefeito de Manaus, que perdeu as eleições municipais, com 187.566 votos (17,01%) ficando em quarto lugar na disputa, está oficialmente de férias.
Lima, no dia da diplomação estava cumprindo agenda em Brasília, no Palácio do Planalto, com os ministros Renan Filho (Transportes) e Marina Silva (Meio Ambiente), abordando vertentes sobre a BR-319.
2026 está mais próximo do que imagina
Por outro lado, os senadores amazonenses Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) preferem estar sempre visíveis para o eleitorado. Bastante autuantes no Congresso Nacional com os trâmites da reforma tributária e defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM), os parlamentares buscam, acima de tudo, reforçar as alianças com prefeitos e vereadores do interior do Amazonas, além de deputados estaduais e federais.
“Eu acredito que diferente do governador, eles vão querer estar sempre na mídia, sendo vistos, por que são candidatíssimos também em 2026”, analisa Ribeiro.
Recentemente, Eduardo convocou aliados para um jantar de confraternização para, nas palavras dele, “reafirmar o compromisso com cada um” trocando ideias.
“Saibam que podem contar comigo não apenas como representante, mas como um amigo que estará sempre à disposição para ajudar nos desafios e celebrar as conquistas”, finaliza o senador afirmando que “estão em um novo tempo político”.
Um dos prefeitos presentes nesta confraternização era David Almeida, que desde a eleição municipal protagoniza apoio e desfere elogios aos senadores amazonenses.
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O que terá em 2026?
Os eleitores voltam às urnas daqui a dois anos, em 2026, onde serão escolhidos presidente da República, governadores dos Estados e do Distrito Federal, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais. O primeiro turno está previsto para 4 de outubro.
