Uma ‘vaquinha’ criada por defensores de Luigi Mangione – suspeito de matar o CEO da empresa UnitedHealthcare, uma seguradora de planos de saúde – já atingiu mais de 1.800 doações e 55 mil dólares arrecadados, que equivale a cerca de R$ 326 mil. Essa quantia representa pouco mais que um quarto da meta de 200 mil dólares (R$ 1,8 milhão).
O crime foi cometido no último dia 4: Brian Thompson, o CEO, foi morto a tiros em Manhattan, no centro de Nova York, em frente a um hotel. O suspeito fugiu e a polícia de Nova York mobilizou uma caçada em busca dele. Mangione foi preso no dia 9.
A arrecadação do Fundo Legal Luigi Mangione é para pagar custos legais de suspeito de assassinar CEO. A vaquinha não busca “celebrar a violência”, mas permitir que o suspeito tenha representação legal justa.
A organização afirmou que considera Mangione um “preso político” e afirma que caso ele recuse os fundos arrecadados, esses serão doados para “outros presos políticos dos EUA”.
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Até a noite de quinta-feira (12/12), a maior doação à vaquinha virtual era anônima, no valor de 1,3 mil dólares (cerca de R$ 7,7 mil). O comentário que a acompanhava dizia: “Coincidentemente, o mesmo valor [a meta de 200 mil dólares] que me foi cobrado pelo meu procedimento médico que deveria ser 100% coberto”.
As mensagens e o apoio a Mangione mostram o descontentamento de boa parte da população dos EUA com o sistema de saúde do país. Um dos apoiadores escreveu que considera o assassinato do CEO como “homicídio justificável”, e completou dizendo: “Negar cobertura de saúde às pessoas é assassinato, mas ninguém é acusado desse crime”.
A UnitedHealth Group faturou US$ 100 bilhões no terceiro trimestre de 2024. A UnitedHealthcare, administrada pela vítima, é um braço da companhia que administra produtos de saúde, como Medicare e Medicaid, para pessoas idosas e de baixa renda, financiados pelos orçamentos estatais. Segundo informações, a empresa é a que mais nega pedidos de pacientes para cobertura de cirurgias e tratamentos. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não possui sistema universal de saúde, e o atendimento é baseado em planos privados.
Luigi é considerado um ativista anticapitalista por seus posts publicados na internet, segundo informações do jornal New York Post. O jovem odiava a comunidade médica pela forma que seus parentes eram tratados em unidades de saúde, disse uma fonte ao NYP.
*Com informações de UOL