O projeto de lei Nº 217/2024, que declara como patrimônio imaterial cultural de Manaus a cultura evangélica, pode se tornar realidade. O texto, de autoria do vereador Mitoso (MDB), recebeu o parecer favorável da 2ª Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJR), nesta segunda-feira (2/12), em sessão plenária, e seguirá para 9ª Comissão de Cultura e Patrimônio Histórico, da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“Esse reconhecimento como patrimônio cultural religioso local está atrelado ao papel da cultura como definidora de identidades embasadas em tradições culturais, das quais fazem parte a religião que envolve uma simbologia, crenças, comportamentos, formas de expressão e vivência individual e coletiva transmitidos de geração em geração e que, por isso, marcam a sociedade de forma indelével”, diz a justificativa do projeto de lei.
O documento ainda acrescenta o que seria “bens culturais de natureza imaterial”. De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), equivale àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Conforme a justificativa, a sugestão se enquadra com o intuito de proporcionar o reconhecimento da cultura evangélica, com suas peculiaridades e valores, como patrimônio imaterial do Município de Manaus.
Veja o documento:
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Em junho deste ano, Mitoso falou à Rede Onda Digital, que a ideia de criar o texto veio pelo “histórico extenso” da cultura evangélica na cidade, algo que de um movimento já “consolidado de forma cultural há décadas”.
“Nós temos uma cidade que mais de 40% já é um povo caracterizado como evangélico e nós temos as nossas crenças, temos os nossos ritos, o nosso modo de agir perante a sociedade”, destacou Mitoso à época para Rede Onde Digital.