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“Eventuais ilegalidades serão investigadas”, diz MP sobre liberação de advogada flagrada com 10kg de drogas

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O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) pediu a prisão preventiva da advogada Suiane Vitória da Silva Doce, de 27 anos, que foi flagranteada com cerca de 10 quilos de cocaína no dia 21 de novembro, no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte da capital. A Justiça do Amazonas acatou o pedido do MPAM e determinou a prisão da advogada nesta sexta-feira (29/11).

A 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp), tinha instaurado três procedimentos para investigar possíveis irregularidades na prisão em flagrante da advogada e do marido dela, de 32 anos, com eles voi encontrado 10 quilos de cocaína.

A promotora Yara Marinho de Paula falou com exclusividade à Rede Onda Digital e relatou o motivo do procedimento investigatório. “A promotoria de Justiça ao receber o procedimento investigatório verificou com muito estranhamento o não indiciamento da flagranteada”, relatou.

Ainda segundo a promotora, eventuais ilegalidades serão investigadas sobre as circunstâncias do não indiciamento da advogada Suiane.


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O promotor Armando Gurgel destacou que o companheiro de Suiane foi flagranteado e teve a prisão convertida, porém o mesmo não aconteceu com a advogada e foi liberada na delegacia. “O Ministério Público entendeu que seria o caso de ter sido adotado a mesma medida e também aprofundou nesse espaço de tempo na busca de elementos acerca do que de fato aconteceu”, disse. Além disso, a investigação da promotoria aponta que os depoimentos dos flagranteados não se sustentava com base nos diversos pontos declarados por eles.

Questionado se o apoio da OAB-AM à advogada Suiane interferiu na atuação do delegado sobre a prisão, Gurgel ressaltou que o fato está sob sindicância. “É um fator que não é normal, não tem previsão legal. Obviamente essa presença massiva tem contornos da ideia de provocar influência do ânimo na decisão”, disse o promotor.

A advogada Suiane deve permanecer presa preventivamente, em prisão especial pelas prerrogativas. O companheiro dela segue detido desde o flagrante e após audiência de custódia teve a prisão preventiva convertida.

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