A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo anunciou que abriu um procedimento administrativo para apurar o conteúdo de um áudio vazado nas redes sociais com ataques racistas atribuídos à modelo Ana Paula Minerato.
De acordo com a pasta, o processo foi aberto na segunda-feira (25/11) pela Ouvidoria da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN), que “notificará as partes envolvidas, garantindo o direito de apresentação de defesa preliminar”.
A modelo e ex-Fazenda se envolveu numa polêmica de grande repercussão após o vazamento do áudio de uma suposta conversa entre ela e o ex-namorado, o rapper KT, onde ela dirige insultos racistas à cantora Ananda do grupo Melanina Carioca, com quem suspeitava que o rapper estava tendo um caso.
No áudio, ela diz:
“Empregada do cabelo duro. Você gosta de cabelo duro? Não sabia que você gostava de mina com cabelo duro. Você gosta de mina com cabelo duro? Cabelo duro você gosta? Você gosta de mina de cabelo duro, de neguinha? Você gosta de neguinha? Porque isso aí é neguinha, né. Alguém ali o pai ou a mãe veio da África”.
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Após a divulgação do áudio, Ana Paula foi demitida da Band, onde tinha um programa de rádio, e foi desligada da escola de samba Gaviões da Fiel, na qual ocupava o posto de musa da agremiação.
O procedimento instaurado contra a modelo, de natureza administrativa, tem como fundamento a Lei Estadual 14.187/2010, sancionada pelo então governador Alberto Goldman (1937/2019) e que regulamenta os processos administrativos por discriminação racial em São Paulo. A modelo pode ser condenada a pagar uma multa com valor que pode variar de R$ 17.680,00 a R$ 106.080,00.
Com informações de G1.